"Em 1348 a peste negra invadiu a França e, dali para a frente, nada mais seria como antes. Uma terrível mortalidade atingiu o reino. A escassez de mão-de-obra desorganizou as relações sociais e de trabalho. Os trabalhadores que restaram aumentaram suas exigências. Um rogo foi dirigido a Deus, e também aos homens incumbidos de preservar Sua ordem na Terra. Mas foi preciso entender que nem a Igreja nem o rei podiam fazer coisa alguma. Não era isso uma prova de que nada valiam? De que o pecado dos governantes recaía sobre a população? Quando o historiador começa a encontrar tantas maldições contra os príncipes, novas formas de devoção e tantos feiticeiros sendo perseguidos, é porque de repente começou a se estender o império da dúvida e do desvio."
(Adaptado de Georges Duby, "A Idade Média na França (987-1460): de Hugo Capeto a Joana D arc". Rio de Janeiro: Jorge Zahar Editor, 1992, p. 256-258.)
(Adaptado de Georges Duby, "A Idade Média na França (987-1460): de Hugo Capeto a Joana D arc". Rio de Janeiro: Jorge Zahar Editor, 1992, p. 256-258.)
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