sexta-feira, 29 de julho de 2011

MÓDULO 0: ESTUDAR APRENDER HISTÓRIA: 6 AULAS

O módulo 0 reveste-se de um carácter propedêutico, devendo ser desenvolvido de acordo com a seguinte orientação:
-conhecer a situação dos alunos, a partir de uma avaliação diagnóstica, relativamente ao conhecimento histórico e às competências específicas com ele relacionadas;
-proceder à recuperação orientada dos grandes quadros cronológicos e espaciais globais proporcionados pelas aprendizagens previstas no Ensino Básico;
-sensibilizar para a importância do conhecimento histórico como suporte de inteligibilidade do mundo contemporâneo;
-valorizar os saberes dos alunos, visando a reorientação e o desenvolvimento de atitudes favoráveis à aprendizagem.
TEMPO PREVISTO: 6 aulas

PROGRAMA: BIBLIOGRAFIA

BIBLIOGRAFIA

1. Ensino/Aprendizagem
1.1. Bibliografia Geral

ASSUNÇÃO, C. e REI, J. (1999). Educar Para Os Valores. Lisboa: Ministério da Educação/ Departamento do Ensino Secundário.
ESTRELA, A. e NÓVOA, A. (org.) (1993). Avaliações em Educação: Novas Perspectivas. Porto: Porto Editora.
HADJI, C. (1990). L'évaluation règles du jeu, des intentions aux outils. Paris: ESF.
Obra de reflexão sobre as funções da avaliação e o problema da construção dos seus referentes, no sentido de ser evitado o «desvio tecnicista» e o «desvio autoritário». Inclui diversos quadros, do autor e de outros, de síntese das posições apresentadas sobre a prática de uma avaliação que se pretende formadora. Termina com glossário esclarecedor.
ONTORIA, A., BALLESTEROS, A. e outros. (1994). Mapas Conceptuais, Uma técnica para aprender. Porto: ASA.
ZABALSA, M. (1990). Planificação e Desenvolvimento Curricular na Escola. Porto: ASA.
Integrando o contributo de diversos autores, apresenta os princípios básicos a que deve obedecer o desenvolvimento curricular e perspectiva as funções do professor e da escola como criadores de currículo.
Considerando currículo em sentido amplo, integra a problemática da selecção das estratégias e a da operacionalização da avaliação.

1.2. Bibliografia Específica da História

ALMEIDA, A. M. e outros. (1998). O Património Local e Regional, subsídios para um trabalho transdisciplinar. Lisboa: Ministério da Educação/ Departamento do Ensino Secundário.
BOURDÉ, G. e MARTIN, H. (1990). As Escolas Históricas. Lisboa: Europa-América.
CARRETERO, M. e VOSS, J. F. (1994). Cognitive and instructional processes in history and social sciences. Hillsdale: NJ: Lawrence Erlbaum Associates.
Conjunto de estudos sobre os processos de aprendizagem em Ciências Sociais e principalmente em História.
Apresenta reflexão sobre o problema da compreensão dos conceitos e dos textos históricos apoiada na análise de situações concretas. Cada estudo é acompanhado de bibliografia.
CITRON, S. (1990). Ensinar a História Hoje: a memória perdida e reencontrada. Lisboa: Livros Horizonte.
CONNERTON, P. (1993). Como as Sociedades Recordam. Oeiras: Celta Editora.
Chamada de atenção para a importância do estudo de cerimónias comemorativas e de rituais transmitidos através dos tempos, para o conhecimento do passado; necessidade de abordagens transdisciplinares nesse processo.
EGAN, K. (1994). O Uso da Narrativa como Técnica de Ensino. Lisboa: Dom Quixote.
FÉLIX, N. e ROLDÃO, M. C. (1997). Dimensões Formativas de Disciplinas do Ensino Básico: História. Lisboa: Instituto de Inovação Educacional.
FERRO, M. (1996) . Les Médias et l´Histoire. Paris: CFPJ Editions.
FURET, F. (s/d). A Oficina da História. Lisboa: Gradiva.
GARCÍA BLANCO, Á. (1994). Didáctica del Museo: el descubrimento de los objectos. Madrid: Ed. de la Torre.
MANIQUE, A. e PROENÇA, M. C. (1994). Didáctica da História: Património e História Local. Lisboa: Texto Editora.
MATTOSO, J. (1988). A Escrita da História, Teoria e Métodos. Lisboa: Presença.. (1999). A Função Social da História no Mundo de Hoje. Lisboa: APH. .(2000). «A História Hoje: que História ensinar?», in Noésis, 54 (Abril/Junho). Lisboa: Ministério da Educação/Instituto de Inovação Educacional
MENDES, J. M. A. (1987). A História como Ciência. Fontes, Metodologia e Teorização. Coimbra: Coimbra Editores.
MONIOT, H. (1993). Didactique de l’Histoire. Paris: Nathan.
POMIAN, K. ( 1999). Sur l´Histoire. Paris: Folio.
ROLDÃO, M. C. (1998).Gostar de História: Um Desafio Pedagógico. (5ª ed.). Lisboa: Texto Editora.
SOUSA, A. et al. (1993). Novos Estratégias Novos Recursos no Ensino da História. Lisboa: ASA.
TORGAL, L. R. (1989). História e Ideologia. Coimbra: Minerva.
VEYNE, P. (1983). Como se escreve a História. Lisboa: Edições 70.

2. Conteúdos disciplinares

2.1. Atlas
(1992). Atlas das Descobertas - Grande Enciclopédia Portuguesa e Brasileira. Lisboa: Editorial Enciclopédia.
(1991). Atlas da História Mundial - Grande Enciclopédia Portuguesa e Brasileira. Lisboa: Editorial Enciclopédia.
DUBY, G. (dir.) (1999). Atlas historique. Paris: Larousse.
KINDER, H. e HILGEMAN, w. (dir.). (1968). Atlas Historique. Paris: Librairie Stock.
LADURIE, E. (1981). Le grand atlas de l’histoire universelle, Paris, Armand-Colin.
MULLER, W e VOGEL, G. (1978). Atlas d´architecture mondiale des origines à Byzance. Paris: Librairie Stock..33
SERRYN, B. (1980) . Nouvel Atlas Bordas Historique et Géographique. Paris: Bordas.
VIDAL-NAQUET, P. (1992). Atlas Histórico: da Pré História aos nossos dias. Lisboa: Intercultura.

2.2. Cronologias

RODRIGUES, A. S. (coord.) (1996). História de Portugal em Datas. Coimbra: Temas e Debates. ., (coord.) (1996). História Comparada. Portugal, a Europa e o Mundo: uma visão cronológica. Lisboa:Círculo de Leitores.
Parte da cronologia da História de Portugal (da pré-história ao século XX) e estabelece relação com os movimentos europeus e universais contemplando o económico, o social, o político, o cultural, o científico e o religioso. Cada capítulo é antecedido de uma síntese interpretativa e todo texto é profusamente ilustrado.

2.3. Dicionários e Enciclopédias

AZEVEDO, C. M. (2000-2001). Dicionário de História Religiosa de Portugal. Lisboa: Círculo de Leitores.
COELHO, J.P. (1984). Dicionário de Literatura Portuguesa. Porto: Figueirinhas.
LUCIE-SMITH, E. (1990). Dicionário de Termos de Arte. Lisboa: Círculo de Leitores.
(1995).Encyclopédie de l’art. Milão: Garzanti.
Dicionário de pequeno formato, com milhares de artigos e de reproduções de obras de arte , da Pré-história aos nossos dias. Integra artigos de síntese sobre movimentos artísticos e suas relações com períodos e instituições históricos, notas biográficas e críticas sobre artistas e, no final, cronologia geral e léxico de termos técnicos.
MOURRE, M. (1998). Dicionário de História Universal. Porto: ASA.
SERRÃO J. (dir.) (1963-1971). Dicionário da História de Portugal. Lisboa: Iniciativas Editoriais. e continuação
BARRETO, A. e MÓNICA, M. F, (dir.) (1999-2000). Suplemento. Porto: Figueirinhas.
Obra de referência da historiografia portuguesa, recentemente completada com uma actualização sob o ponto de vista cronológico, abarcando o período de 1926 a 1974.

2.4. – Obras de Carácter Geral

ARIÈS, P. e DUBY, G. (dir). (1989-91). História da Vida Privada. 5 vols. Lisboa: Círculo de Leitores.
AZEVEDO, C. M. (2000-2001). História Religiosa de Portugal. Lisboa: Círculo de Leitores.
BETHENCOURT, F. e CHAUDHURI, K. (dir.) (1998). História da Expansão Portuguesa. 5 vols. Lisboa: Círculo de Leitores.
Visão dinâmica, no tempo e no espaço, da expansão portuguesa, desde os seus antecedentes medievais até ao termo do processo quase 600 anos depois. Procura compreender os "diferentes processos de expansão no tempo longo, de maneira a se destacarem motivações, estratégias de implantação, modelos de conquista, jogos de interesses, conflitos com outros poderes e formas de interacção com outros povos".
. (1994) .História das Inquisições – Portugal, Espanha e Itália. Lisboa: Círculo de Leitores.
Estudo comparado das Inquisições portuguesa, espanhola e italiana, desde a fundação da Inquisição espanhola em 1478, até à sua abolição. O espaço abrangido compreende as Penínsulas Itálica e Ibérica e os territórios ultramarinos dos impérios hispânicos sob a jurisdição do tribunal inquisitorial. Procura-se traçar o processo global de estabelecimento, desenvolvimento, dominação, declínio e abolição dos tribunais, salientando os traços comuns e os divergentes.
CHÂTELET, F. (dir.) (1983). História das Ideias Políticas. Rio de Janeiro: Zahar Editora.
CIPOLLA, C. (dir.) (1972).The Fontana Economic History of Europe. London: Collins-Fontana.
DANGEN, P. et H., F. (dir.) (1995 -1998). Histoire de l’art, 5 vols. Paris: Flammarion.
DELUMEAU, J. (dir.) (1999). As Grandes Religiões do Mundo. Lisboa: Presença.
DUBY, G. e PERROT, M. (dir.) (1993/1994). História das Mulheres no Ocidente. 5 vols. Porto: Edições Afrontamento.
GROUT, D. e PALISCA, C. (1997). História da Música Ocidental. Lisboa: Gradiva.
JANSON, H. W.(1989). Historia da Arte. Lisboa: Fundação C. Gulbenkian.
Obra de síntese, da Pré-História aos nossos dias. Análises estéticas das obras mais representativas da arte ocidental.
LÉON, P. (dir.). (1981-1984). História Económica e Social do Mundo. 6 vols, 12 tomos. Lisboa: João Sá da Costa.
MACEDO, J. (1977). História Diplomática Portuguesa, Constantes e Linhas de Força. Estudos de Geopolítica. Lisboa:Instituto de Defesa Nacional.
História interpretativa das relações internacionais de Portugal encaradas numa perspectiva geopolítica.
Identificação das constantes e linhas de força da diplomacia nacional a partir do estudo das conjunturas políticas decisivas para o país, entre o século XII e o Congresso de Viena.
MATA, E. e VALÉRIO, N. (1994). História Económica de Portugal, uma perspectiva global. Lisboa: Presença.
Breve história de Portugal com incidência particular em aspectos da área económica e da época contemporânea. Recua à pré-história para um breve sumário da evolução económica do futuro território continental português e avança até ao último decénio do século XX. Apresenta um apêndice estatístico com dados demográficos e económicos.
MATTOSO, J. (dir.) (1992/1994). História de Portugal. 9 vols. Lisboa: Círculo de Leitores.
MEDINA, J. (dir.) (1996). História de Portugal. Amadora: Clube Internacional do Livro.
NÉRY, R. V. e CASTRO, P. F. (1991). História da Música. Lisboa: Imprensa Nacional/Casa da Moeda.
Volume da Colecção Sínteses da Cultura Portuguesa publicado por ocasião da Exposição da Europália.
NUNES, A. B. e VALÉRIO, N. (1997). História Económica Mundial Contemporânea. Lisboa: Editorial Presença..34
Manual universitário que, entre outras finalidades, pretende constituir-se como base de estudo para quem tem formação noutras áreas científicas e necessita tomar contacto com a economia mundial contemporânea.
Organiza-se num quadro geográfico de âmbito universal caracterizando as diversas sociedades contemporâneas nos seus diferentes níveis de desenvolvimento. O período cronológico que abarca estende-se de meados do século XVIII a finais do século XX.
OLIVEIRA, C. (dir) (1996). História dos Municípios e do Poder Local (dos princípios da Idade Média à União Europeia). 2 vols. Lisboa: Temas e Debates.
PEREIRA, P. (1995) (dir). História da Arte Portuguesa. 3 vols. Lisboa: Círculo de Leitores.
Efectua uma síntese dos mais recentes estudos e inclui linhas de problematização relativamente às «condicionantes» e aos «impulsos» que «se foram gerando na construção dos diversos movimento de produção e criação artística» em Portugal. O âmbito cronológico estende-se desde a pré-história até ao fim do século XX.
REIS, A. (dir) (1990). Portugal Contemporâneo. 6 vols. Lisboa: Ed. Alfa.
-- (dir. ed. port. ) (1995). História do Século XX. 7 vols. Lisboa: Alfa.
Obra de divulgação cobrindo todo o século XX. Cada volume, profusamente ilustrado, inclui secções autónomas com dados de arquivo e pequenos dossiers sobre temas específicos, relevantes nos diversos sub-períodos. Todos os volumes finalizam com um dicionário biográfico e, na versão portuguesa, com um capítulo sobre a história de Portugal, referentes aos anos em estudo.
RODRIGUES, M. F. e MENDES, J.M. ª (1999). História da Indústria Portuguesa - Da Idade Média aos Nossos Dias.Mem Martins: Publicações Europa-América.
Estudo destinado a um público diversificado e produto da colaboração entre a academia e o mundo empresarial. Fixa e caracteriza com clareza as fases do processo de desenvolvimento das actividades artesanais e industriais em Portugal, desde o período medieval até final do século XX. Inclui bibliografia extensa e seleccionada.
SARAIVA, J.H. (dir.) (1983). História de Portugal. 6 vols. Lisboa: Publicações Alfa.
SCHULZE, H. (1999). Estado e Nação na História da Europa. Lisboa: Ed. Presença.
SERRÃO, J. e MARQUES, A. H. O. (dir.). Nova História de Portugal. Lisboa: Presença (em publicação).
., Nova História da Expansão Portuguesa, Lisboa: Presença, (em publicação).
SERRÃO, J. V. (1980). História de Portugal. Lisboa: Editorial Verbo.
SPROCCATI, S. (dir.) (1999). Guia de História da Arte. Lisboa: Presença.
Pequeno volume abrangendo os principais movimentos artísticos da Europa ocidental e os seus «protagonistas», do século XIV aos nossos dias; inclui reproduções de obras significativas, com notas de análise. Cada capítulo termina com tabela cronológica que contextualiza os movimentos e as obras. No final inclui referências aos principais museus.
VILLAR, P. (1980). Ouro e Moeda na História. Lisboa: Europa/América.

2.5. Obras Específicas dos módulos

Módulo 1
ALARCÃO, J. (1990). Portugal das Origens à Romanização, Nova História de Portugal, vol I . Lisboa: Editorial Presença,.
Síntese actualizada dos dados relativos à romanização do actual território português.
ALFOLDY, G. (1989 ). A História Social de Roma. Lisboa: Editorial Presença.
AMOURETTI,M.-C. e RUZÉ, F. (1993). O Mundo grego Antigo dos palácios de Creta à conquista romana. Lisboa: Dom Quixote.
BANNIARD, M. (1995). Génese Cultural da Europa, séculos V-VIII. Lisboa: Terramar.
O autor reflecte sobre as consequências das invasões e da fixação dos bárbaros e procede à análise da génese cultural da Europa, identificando os traços essenciais da civilização antiga que foram preservados.
CHRISTOL, M. e NONY, D. (1993) Roma e o seu Império - das origens às invasões bárbaras. Lisboa: D. Quixote.
No capítulo – O Declínio do Império – refere-se a estruturação da Igreja como componente essencial da civilização do Baixo Império. Manual universitário, inclui indicações bibliográficas no fim de cada capítulo.
FERREIRA, J. R. ( 1990). A Democracia na Grécia Antiga. Coimbra: Livraria Minerva.
O autor analisa o funcionamento da democracia ateniense, integrando a reflexão de outros historiadores. A obra contém um apêndice com numerosos textos, de temática diversificada, facilitadores da abordagem das fontes com os alunos.
FINLEY, M. I. ( 1988). Os Gregos Antigos. Lisboa: Edições 70.
. (1997) Política no Mundo Antigo. Lisboa: Edições 70.
GIARDINA, A. (dir.) ( 1992). o Homem Romano. Lisboa: Editorial Presença.
GRIMAL, P. (1988). A Civilização Romana. Lisboa: Edições 70.
. (1989). O cidadão na Grécia Antiga. Lisboa: Editorial Presença.
--- (1997). O Século de Augusto. Lisboa: Edições 70.
Pequeno volume que pode ser utilizado pelos alunos numa biografia de Augusto. Contextualiza também a literatura e a arte, com realce para a integração da obra de Virgílio e de Tito Lívio no projecto de fundamentação espiritual do regime imperial.

Módulo 2

BALARD, M. e outros. (1994). A Idade Média no Ocidente, Dos Bárbaros ao Renascimento. Lisboa: Publicações Dom Quixote.
BONASSIÉ, P. (1985). Dicionário de História Medieval. Lisboa: Dom Quixote.
COELHO, M.H. C. e HOMEM, A. L. C. (coord.). (1996).Portugal em Definição de Fronteira (1096- -1325): do Condado Portucalense à Crise do Século XIV, Nova História de Portugal, vol. III. Lisboa: Presença.
Obra de síntese dos mais actualizados contributos historiográficos, abrange o período de 1096 a 1325, perspectivando a definição do território nacional, a estruturação social, a diversificação económica, o quadro institucional, a cultura, o ensino e a arte. Inclui vastíssima indicação das fontes consideradas e da bibliografia suporte e abundantes e esclarecedoras notas. Indispensável ao entendimento dos conteúdos abordados no módulo 2.
DIAS, P.(1994). A Arquitectura Gótica Portuguesa. Lisboa: Estampa.
DUBY, G.(1995). História Artística da Europa, A Idade Média, 2 vols. Lisboa: Quetzal.
DUCELLIER, A. et al. ( 1994). A Idade Média no Oriente, Bizâncio e o Islão, dos Bárbaros aos Otomanos. Lisboa: Dom Quixote.
GOMES, R. C. (1995). A Corte dos Reis de Portugal nos finais da Idade Média. Lisboa: Difel.
História da Universidade em Portuga.(1997)., vol. I, tomo I (1290-1536). Universidade de Coimbra - Fundação Calouste Gulbenkian.
GOUREVITCH, A. (1996). As Categorias da Cultura Medieval. Lisboa: Caminho.
KRUS, L. (1994). A Concepção Nobiliárquica do Espaço Ibérico, (1280-1380). Lisboa: Gulbenkian.
LE GOFF, J.(1973).Os Intelectuais na Idade Média. Lisboa: Estúdios Cor.
..(1987). A Bolsa e a Vida, Economia e Religião na Idade Média. Lisboa: Teorema.
. (1989). O Homem Medieval. Lisboa: Presença.
. (1999).Por Amor das Cidades. Lisboa: Edições Teorema.
Diálogo em torno das funções e das vivências citadinas, introduzindo reflexão sistemática sobre as relações passado-presente. Apresenta magníficas ilustrações de obras artísticas do período medieval cotejadas com fotografias de realidades da época contemporânea, contextualizando os problemas abordados.
. (2000). S. Francisco de Assis. Lisboa: Teorema.
. ( ) A Idade Média em Imagens. Lisboa: Verbo.
MARQUES, A. H. O. (1988). Novos Ensaios de História Medieval Portuguesa. Lisboa: Editorial Presença.
. et al. (1990). Atlas das Cidades Medievais Portuguesas, séculos XII a XV. Lisboa: Centro de Estudos Históricos da Universidade Nova de Lisboa,
MATTOSO, J. (1995).Identificação de um País: ensaio sobre as origens de Portugal (1096-1325). Lisboa: Estampa.
RUCQUOI, A. (1995) .História Medieval da Península Ibérica. Lisboa: Estampa.
SARAIVA, A. J. (1991).A Cultura em Portugal. Teoria e História. Lisboa: Gradiva.
. (1988).O Crepúsculo da Idade Média em Portugal. Lisboa: Gradiva.
SILVA, J. C. V. (1995). Paços Medievais Portugueses. Lisboa: IPPAR.
TORRES, C. (1998). O Legado Islâmico em Portugal. Lisboa: Círculo de leitores

Módulo 3

ALVES, A. M. (s/d.). As Entradas Régias Portuguesas. Lisboa: Livros Horizonte.
Análise das entradas régias portuguesas desde o século XII até ao século XVIII, esclarecendo "a sua função política e social, a sua morfologia, a hierarquização dos seus elementos, as várias linguagens artísticas e meios de comunicação nelas empregues e o seu nível de leitura, consoante o público, ou públicos, nelas envolvidos."
BARRETO, L. F. (1983) .Descobrimentos e Renascimento – Formas de Ser e Pensar nos séculos XV e XVI. Lisboa, Imprensa Nacional,
. (1989).Os Descobrimentos e a Ordem do Saber – Uma Análise Sociocultural, Lisboa, Gradiva,
CHAUNU, P. (1993). O Tempo das Reformas (1250-1550), História Religiosa e sistema de civilização, II A Reforma Protestante. Lisboa: Edições 70.
CHANDEIGNE, M. e ARAÚJO, C. (dir.) ( 1999). Lisboa e os Descobrimentos - 1415-1580: a invenção do mundo pelos navegadores portugueses. Lisboa: Terramar.
CONTI, F. (1986). Como Reconhecer a Arte do Renascimento. Lisboa: Edições 70.
DELUMEAU, J. (1994). Uma História do Paraíso. O Jardim das Delícias. Lisboa: Terramar.
. (1994).A Civilização do Renascimento, 2 vols, Lisboa: Editorial Estampa.
Estuda o período que vai desde o fim do século XIII ao início do século XVII e pretende dar conta do dinamismo de toda a Europa numa perspectiva de história total, abarcando o panorama político, a abertura da Europa ao mundo, a economia, a sociedade e a mentalidade.
DIAS, J. J. A. (coord.). (1988). Portugal, do Renascimento à Crise Dinástica. Nova História de Portugal, vol V, Lisboa:Presença,
História de Portugal na sua "época de ouro", ocupa-se dos aspectos económicos, sociais, políticos e mentais, desde o último quartel do século XV e igual período do século XVI. Privilegia o espaço metropolitano, sendo "os Descobrimentos e a Expansão apenas aflorados na medida em que condicionaram as mudanças" que aí se registaram.
DIAS, P. (1985).A Arquitectura Manuelina. Porto: Liv. Civilização Ed.
FERRONHA, A. (coord.). (1991). O Confronto do Olhar. O Encontro de Povos das Navegações Portuguesas nos Séculos XV e XVI, Lisboa:Caminho.36
O encontro dos portugueses com africanos, asiáticos e ameríndios e as imagens do Outro na cartografia, na iconografia, nas crónicas e na literatura de viagens, nos séculos XV e XVI.
GARIN, E. (dir.). (1991).O Homem Renascentista. Lisboa: Editorial Presença.
Conjunto de nove ensaios que procuram retratar a época através do esboço de uma série de tipos humanos que, nas suas actividades e vivências, reflectem a sociedade e contribuem para a sua transformação: o príncipe, o condottiero, o cardeal, o cortesão, o filósofo e o mago, o mercador e o banqueiro, o artista, a mulher, os viajantes e os indígenas.
GODINHO, V. M. (1990). Mito e Mercadoria, Utopia e Práticas de Navegar: século XIII –XVIII. Lisboa: Difel.
GRAÇA, L. (1983). A Visão do Oriente na Literatura Portuguesa de Viagens: os Viajantes Portugueses e os Itinerários Terrestres (1560-1670). Lisboa: Imprensa Nacional-Casa da Moeda.
Estudo que pretende verificar como o português comum - soldado, missionário, comerciante – reagiu ao encontro com os povos do Oriente, procurando inventariar os dados coincidentes, a partir de fontes documentais que abrangem os fins do século XVI e o início do século XVII.
HOOYKAS, R. (1983). O Humanismo e os Descobrimentos na Ciência e nas Letras Portuguesas do Século XVI. Lisboa: Gradiva.
LOUREIRO, R. M. (2000).Fidalgos, Missionários e Mandarins – Portugal e a China no Século XVI. Lisboa: Fundação Oriente.
PEARSON, M. N. (1990). Os Portugueses na Índia. Lisboa: Teorema/O Jornal.
Tem como objectivo avaliar o impacto da presença dos portugueses na Índia, desde a chegada de Vasco da Gama aos nossos dias, pretendendo dar a perspectiva do indiano e não a do europeu. Destaca, particularmente, a interacção social, económica e religiosa entre portugueses e indianos.
TAVARES, M. J. F. (1995). Os Judeus na Época dos Descobrimentos. Lisboa: Edições ELO.
THOMAZ, L. F. (1994) .De Ceuta a Timor. Lisboa: Difusão Editorial SA.

OUTROS RECURSOS

1. Endereços da Internet de carácter geral

1.1. Enciclopédias

Artyclopedia – Enciclopédia virtual da arte, consulta pelo nome dos artistas, nacionalidade ou movimento artístico – http://www.artyclopedia.com
Enciclopédia Encarta: http://www.encarta.msn.com.
Infoplease – 57 mil artigos da última edição da Columbia Encyclopedia e dicionário com 125 mil entradas: http://www.infoplease.com
Gallica 2000 - (Biblioteca Nacional Francesa): http://gallica.bnf.fr
The Spartacus Internet Encyclopedia –Organizada pelos seguintes temas: Os EUA 1840-1960, Mundo Medieval, História Britânica 1700-1900, I Guerra Mundial, Guerra Civil Americana, Escravatura 1750-1870, Comboios 1780-1900, Indústria Têxtil, Trabalho Infantil 1750-1900, Movimentos de Trabalhadores, Religião e Sociedade; fornece biografias, cronologias, imagens da época e uma lista de sites sobre História e Educação – www.spartacus.schoolnet.co.uk/USAimmigration.htm

1.2. Museus e Instituições Culturais

Art History – Site dedicado à Arte, não só europeia como dos outros continentes, desde a Pré-história até à actualidade, apresenta temas e autores inseridos nas correntes artísticas e formas de expressão, cronologia, biografias e endereços de museus e galerias organizados por países – http://witcombe.sbc.edu/ARTHLinks.html
British Museum, Londres: http://www.thebritish-museum.ac.uk/
European Schoolnet - Projecto financiado pela Comissão Europeia, organizado em vários departamentos (Arte, Cultura, História…) que sugerem actividades sobre temas relevantes da História Europeia e fornecem materiais específicos para auxiliar a pesquisa dos alunos e a preparação das aulas dos professores: www.en.eun.org/menu/vs/vs-set.html
Internet Modern History Sourcebook – Projecto do Departamento de História da Fordham University de Nova York que visa permitir fácil acesso a fontes primárias e outros materiais pedagógicos sobre a História das Europa e do Mundo, organizando-os em três grandes áreas: Antiguidade, Idade Média, Mundo Contemporâneo: www.fordham.edu/halall/m,od/modsbook.html
Metropolitan Museum of Art, Nova York: http://www.metmuseum.org
Musée de l’Homme, Paris: http://www.mnhn.fr/mnhn/mdn/
Museé d’Orsay, Paris: http://museeorsay.fr
Musée du Louvre, Paris: http://www.culture.fr/louvre
Musei Vaticani, Roma: Galerias e Capela Sistina: http://www.christusrex.org/www1/vaticano/0-Musei.htm1
Museo del Prado, Madrid: http://museoprado.mcu.es
Museu da Cidade, Lisboa: http://portugal.hpv.pt/lisboa/mcd
Museu da Marinha, Lisboa: http://www.museumarinha.pt
Museu Nacional de Arte Antiga, Lisboa: http://www.eunet.pt/IPM/AANTIGA/aantiga.htm
Museu Nacional Machado de Castro: http://www.uc.pt/MachCastro/top.htm
Museu Nacional do Azulejo: http://www.eunet.pt/IPM/AZULEJO/azulejo.htm
Museu Nacional dos Coches: http://www.eunet.pt/IPM/COCHES/coches.htm
Museu Virtual da Imprensa - da responsabilidade do Museu Nacional da Imprensa/Jornais e Artes Gráficas, mostra alguns exemplares do património recolhido, sugere itinerários de visitas e divulga a história do sector :http://www.imultimedia.pt/museuvirtpress
Museum of Modern Art, Nova York: http://www.moma.org
National Gallery, Londres: http://www.nationalgallery.org.uk
4000 years of women in science – Informação sobre o contributo das mulheres para o avanço da ciência desde a antiguidade até ao século XX: http://www.astr.ua.edu/4000ws/4000ws.htm
Rijksmuseum, Amesterdão – A arte dos Países-Baixos de 1260 a 1900: www.rijksmuseum.nl
RIMUS – Rede Interactiva de Museus (Museu Nacional da Imprensa, Porto): www.imultimédia.pt
Science Museum, London: http://www.sciencemuseum.org.UK
Seis Séculos de Pintura Portuguesa: http://www.uc.pt/6spp
Tate Modern Gallery, Londres – Obras de arte do século XX organizadas por temas:http://www.tate.org.uk/modern/default.htm
Victorian Web (The) – Divulga materiais pedagógicos preparados na Brown University referentes a todo o século XIX
e organizados em grandes temas: História política, História social, Filosofia, Religião, Ciência, Tecnologia e Artes Visuais: http://landow.stg.brown.edu/victorian/victorian/victor.html
Uffizzi, Florença – A partir do índice, organizado por salas e por autores, é possível visualizar as obras dos principais pintores do Renascimento: http://www.arca.net/uffizzi/index1.htm

2. CD-ROM de carácter geral

All About Science, Queue Inc., 1991. CD-ROM. PC/MAC.
Art Gallery - The Collection of the Nacional Gallery, London, Microsoft, 1993. CD-ROM. PC.
Art History Ilustrated, Queu Inc., 1995. CD-ROM. PC/MAC.
A passion for art/Une passion pour l'art, Corbis, 1996. CD-ROM. PC.
De Bocage a Antero, Percursos do Romantismo Português, Porto Editora
Dicionário de Arte Universal Moderna e Contemporânea, Texto Editora,1998.CD-ROM.PC:
Enciclopédia Encarta 98, Microsoft, 1998,CD-ROM. PC
Enciclopédia Universal, Texto Editora, CD-ROM. PC.Enciclopédia Universal Multimédia, Texto Editora, 1997. CD-ROM.PC
Exploration and Colonization, Queue Inc, 1993. CD-ROM. PC/MAC.
História do Mundo, Kindersley/Globo,1997.CD-ROM.PC.
The Story of Civilization, World Library, Inc, 1996. CD-ROM. PC.
Larousse Multimédia Encyclopédique, Larousse,1998, CD-ROM. PC/MAC.
Le Grand Louvre, EMME Interactive, 1996. 2 CD-ROM. PC/MAC.
Le Louvre - Le palais et ses peintures, Montparnasse Multimedia/Réunion des Musées Nationaux, 1994. CD-ROM.

PC/MAC.

Lisboa, Philips Interactive Media, 1993. CD-I
Masterpieces of Painting, EMME, 1996. 2 CD-ROM. PC.
Musée d’Orsay, 1848-1914: promenade interative au coeur de L’art du XIXE siècle, Paris, Réunion des Musées Nationaux/Montparnasse Multimedia, 1997.
The Vatican: The Painting Gallery, EMME Interactive/Musei Vaticani, 1996. CD-ROM. PC/MA.38

3. Endereços da Internet, CD-ROM e Videocassetes específicos dos módulos

3.1. Módulo 1

Ancient City of Athens (The )- arquivo de imagens do património arqueológico e arquitectónico : http://www.indiana.edu/~kglowack/athens/
Conímbriga:http://www.uc.pt/Conimbriga/CONIMBR.HTM
Forum Romanum – visita virtual à Roma Imperial: http://www.geocities.com/~stilicho/
Helenic Culture (Museus Gregos) – http://www.culture.gr
Plan de Rome - A cidade de Roma na época imperial , reconstituições e maquetas:http://www.unicaen.fr/rome/visites.html
La mythologic antique, ODA/RMN, 1997. CD-ROM. PC/MAC.
Voyage in Greece, EMME Interactive, 1996. CD-ROM. PC.

3.2. Módulo 2

Arte e Arquitectura Medievais: http://www1.pitt.edu/~medart/
Camelot International – visita virtual a uma aldeia medieval: http://www.camelotintl.com/index.html
Cronologia Universal – séc. XIII : http://www.terravista.pt/IlhadoMel/2915/
Ordem Franciscana (A): http://www.virtual-net.pt/FranciscanosVaratojo/ofm.html
L'Art du Moyen Age, Gallimard, 1996. CD-ROM. PC/MAC
Castelos de Portugal, Forum Multimédia, 1995. CD-ROM. PC.
Cathédrales gotbiques d'Europe, Kairos Vision/RMN, 1995. CD-ROM. PC/C.
Nos confins da Idade Média, Secretaria de Estado da Cultura, Instituto Português dos Museus, 1991-92.

3.3. Módulo 3

Cantactos Estabelecidos entre Espanhóis e Índios (Os): http://www.northlink.com/~hauxe/dkshore.htm
Companhia de Jesus (A): http://companhiajesus.pt/intro/hist_port.htm
Descobrimentos e a Expansão Portuguesa (OS): http://www.cncdp.pt/cncdp/crista/index.html
Escravidão no Brasil e o Tráfico Negreiro (A): http://www.sectec.rj.gov.br/redeescola/especialistas/historia/tema05/his-tm05.html
História da Cidade de Lisboa : http://www.cncdp.pt/bicos/index.html
Mosteiro dos Jerónimos – Torre de Belém – http://www.cidadevirtual.pt/mosteiro-jerónimos
Portugueses no Oriente (Os): http://www.cncdp.pt/gama/index.html
Botticelli, EMME Interactive, 1996. CD-ROM. PC/MAC.
Leonardo da Vinci. The painting, EMME Interactive, 1995. CD-ROM. PC.
Leonardo, the invenctor, Softkey, 1996. CD-ROM. PC/MAC.
Les Médicis, EMME Interactive, 1995. CD-ROM. PC/MAC.
Renaissance Gallery, Philips Interactive Media, 1992. DC-I.
The Mastery of Michelangelo, Queue Inc., 1992. CD-ROM. PC/MAC.
The Renaissance of Florence, Philips Interactive Media, 1991 e 1995. CD-I e CD-ROM. PC/MAC.
Vida e obra de Luís de Camões, Porto Editora, 1996. CD-ROM. PC
Uffizzi, Opera Multimedia, 1995. CD-ROM. PC.

Vídeos

África e os Africanos, Iconografia do Encontro,A. L. Ferronha (coord.), CNCDP, 1996
Arte na Época dos Descobrimentos (A), CNCDP, 1995
Comércio Português de Escravos (O), realização de A.L. Ferronha, CNCDP, 1994.
Embaixada de D. Manuel ao Papa Leão X, CNCDP, Universidade Aberta, 1994.
Portugal ao Encontro da sua História, Lisboa, RTP,1988
Viagem (A), Pavilhão de Portugal Expo 98, D&D Audiovisuais SA,1998.
Viagem das Plantas (A), Realização de Filomena Tapada e Mariana Bettencourt, Lisboa, Ministério da Educação-CNCDP,1994.

4. Organismos Internacionais

UNESCO Portugal: www.cidadevirtual.pt/unesco.portugal

5. Organismos nacionais

CNCDP- Comissão para as Comemorações dos Descobrimentos Portugueses. http://www.cncdp.pt/
DGEMN – Direcção Geral dos Edifícios e Monumentos Nacionais: www.monumentos.pt
IPM – Instituto Português de Museus: www.ipmuseus.pt
IPPAR – Instituto Português do Património Arquitectónico: www.ippar.pt
IPA – Instituto Português de Arqueologia: www.ipa.min-cultura.pt
IPCC - Instituto Português de Cartografia e Cadastro: www.ipcc.pt

PROGRAMA: DESENVOLVIMENTO

3. Desenvolvimento do programa
 3.1. Estrutura dos módulos Cada módulo abre com um conjunto de informações, designado como orientação geral, em que são clarificados:
 - o âmbito cronológico do módulo;
- as vertentes mais significativas a explorar, no tratamento dos conteúdos, e o grau de relevância atribuído aos mesmos, estabelecendo-se, por isso, aqueles que devem ser considerados de aprofundamento;
- o número de aulas aconselhado, especificando-se o número das que devem ser reservadas para os conteúdos de aprofundamento;
- as aprendizagens previstas no ensino básico, consideradas como suporte.
Da necessidade de recuperar aprendizagens do ensino básico decorre a exigência de que o professor conheça o programa da disciplina deste nível de ensino e o enunciado de competências que lhe está adstrito.
Após a indicação da orientação geral, apresentam-se, em cada módulo, quadros que estabelecem:
- a rubricação dos conteúdos, destacando os de aprofundamento;
- os conceitos/noções específicos, assinalando-se (com asterisco) aqueles que devem ser entendidos como estruturantes;
- um conjunto de sugestões metodológicas e de recursos, tendo em vista a organização das situações de aprendizagem.
Os conceitos específicos são indicados, em cada módulo, no primeiro momento em que o seu conhecimento se torna indispensável; alguns foram já objecto de abordagem no ensino básico e serão objecto de trabalho continuado, ao longo dos anos de aprendizagem que à disciplina respeitam.
Quanto aos conteúdos, são considerados de aprofundamento:
- os que se centram em aspectos definidores da temática essencial do módulo;
- os que se referem a especificidades do processo histórico português;
- os que se revestem de uma dimensão problematizadora.
Os restantes conteúdos respeitam:
- a enquadramentos gerais, destinados a identificarem os tempos e os espaços em que se processam as transformações que serão objecto de estudo;.17
- a articulações com outros momentos/fases da história europeia ou mundial;
- a áreas que foram já objecto de tratamento no ensino básico e que são convocadas neste nível como base dos aprofundamentos a efectuar.
Aos conteúdos de aprofundamento deverá corresponder um maior número de aulas e a opção por estratégias que suscitem um maior envolvimento dos alunos.
Relativamente às situações de aprendizagem, elas apontam em duas direcções:
- a indispensabilidade do recurso à análise de fontes, de quadros cronológicos, de mapas e à elaboração orientada de glossários;
- a possibilidade de organização de actividades diversificadas, nomeadamente em equipa, tendo em atenção, sobretudo, a existência de aulas de 90 m.
Em todas elas, mas sobretudo no caso destas últimas, apenas se trata de sugestões, com carácter meramente indicativo. Ou seja, nem se revestem de obrigatoriedade nem se destinam à realização exaustiva. E porque ao professor compete também um importante papel na construção do currículo, cada professor, nos contextos da escola e das turmas em que desenvolve o trabalho, decidirá quais as estratégias e os recursos mais adequados, desde que constituam conjuntos coerentes, organizados em actividades práticas.
O módulo fecha com a indicação das aprendizagens para as quais concorre o trabalho desenvolvido. Têm um carácter deliberadamente amplo, em consonância com as três vertentes dos objectivos da disciplina, as quais devem ser permanentemente mobilizadas. No conjunto das aprendizagens assinalam-se (com duplo asterisco)aquelas que, em conformidade com a orientação estabelecida devem ser entendidas como estruturantes.
Quanto aos conceitos operatórios e aos conceitos metodológicos de âmbito geral, em virtude da sua transversalidade, não foram inseridos nos módulos. Obviamente, não se destinam a ser objecto de teorização - são encarados como subjacentes ao desenvolvimento do conjunto dos conteúdos, razão pela qual se apresentam em quadro global, antecedendo a apresentação dos módulos. Na verdade, só no médio / longo prazo, no decurso do ciclo de estudos que o ensino secundário constitui, se espera que a apropriação destes conceitos se efectue. O seu enunciado é apresentado, sobretudo, no sentido de constituir um referencial permanente da acção do professor.
3.2.Conceitos operatórios e conceitos metodológicos
3. 3. Conteúdos/ Conceitos/ Aprendizagens específicas dos módulos
MÓDULO 0 – ESTUDAR/ APRENDER HISTÓRIA
Orientação Geral:
O módulo 0 reveste- se de um carácter propedêutico, devendo ser desenvolvido de acordo com a seguinte orientação:
- conhecer a situação dos alunos, a partir de uma avaliação diagnóstica, relativamente ao conhecimento histórico e às competências específicas com ele relacionadas * ;
- proceder à recuperação orientada dos grandes quadros cronológicos e espaciais globais proporcionados pelas aprendizagens previstas no Ensino Básico;
- sensibilizar para a importância do conhecimento histórico como suporte de inteligibilidade do mundo contemporâneo;
- valorizar os saberes dos alunos, visando a reorientação e o desenvolvimento de atitudes favoráveis à aprendizagem.
Deverão ser excluídas teorizações sobre metodologias da História e sobre o estatuto epistemológico do conhecimento histórico.
Tempo previsto: 6 aulas
De acordo com a orientação prevista para este módulo, o professor, como criador de currículo, deverá construir caminhos adequados aos contextos e às necessidades dos alunos. Assim, os tópicos enunciados não devem ser abordados de uma forma sequencial mas antes vistos e tratados como direcções de aprendizagem, no contexto de uma exploração integrada e organizada em função dos eixos maiores do tempo e do espaço.
A abordagem à noção de período histórico decorrerá, essencialmente, da análise da multiplicidade de documentos, acentuando- se, sobretudo, as mutações e o carácter contrastante das diferentes épocas.
A recolha e o tratamento da informação devem resultar de um trabalho guiado pelo professor, de selecção e consulta de documentos e recursos - em suportes variados e devidamente didactizados – de diversa natureza e índole (enciclopédias, atlas, colecções documentais, dados numéricos com suporte informático), escritos e iconográficos, áudio e audiovisuais. Documentos alusivos a aspectos materiais e do quotidiano; documentos relacionados com monumentos, com sítios classificados, com vestígios arqueológicos.
Sugere- se que se privilegiem documentos que constituam exemplos marcantes de cada uma e das diversas épocas, cotejados com outras informações, numa análise cruzada que evidencie articulações.
Importa que o professor, face à sobredensificação da informação, ensine o aluno a procurá- la, a sistematizá- la, a avaliar a sua pertinência.
A avaliação diagnóstica deverá também possibilitar a aferição de dificuldades linguísticas, nos domínios da oralidade e da escrita. Deverão, por isso, ser utilizadas técnicas de comunicação oral, e trabalhados e produzidos textos para cultivar e melhorar essas competências e incentivar a interactividade entre a oralidade e a expressão escrita.
Consideram- se como aprendizagens relevantes as que são contempladas na matriz de competências essenciais promovidas no Ensino Básico, destacando- se:
- compreender a noção de período histórico como resultado de uma reflexão sobre permanências e mutações nos modos de vida das sociedades, num dado espaço;
- organizar quadros cronológicos e espaciais da História de Portugal e da História Geral estabelecendo inter- relações;
- reconhecer a diversidade de documentos e a necessidade de uma leitura crítica;
- exercitar a prática de recolha de informação e a sua transformação em conhecimento;
- desenvolver a noção de relativismo cultural.
* COMPETÊNCIAS ESSENCIAIS PROMOVIDAS NO ENSINO BÁSICO - de acordo com publicação do enunciado de Competências Essenciais em História
TRATAMENTO DE INFORMAÇÃO /UTILIZAÇÃO DE FONTES
•Participar na selecção de informação adequada aos temas em estudo; interpretar documentos com mensagens diversificadas; formular hipóteses de interpretação de factos históricos; realizar trabalhos simples de pesquisa, individualmente ou em grupo.
•Inferir conceitos históricos a partir da interpretação e análise cruzada de fontes com linguagens diversas (textos, imagens, mapas e plantas, tabelas cronológicas, gráficos e quadros).
•Utilizar meios informáticos no tratamento gráfico da informação (mapas e gráficos), no processamento de informação e comunicação de ideias, e da consulta, interpretação, organização e avaliação da informação.
COMUNICAÇÃO EM HISTÓRIA
•Utilizar diversas formas de comunicação escrita, nomeadamente, na produção de biografias, diários, narrativas, resumos, sínteses, relatórios, aplicando o vocabulário específico da História na descrição, relacionação e explicação dos diferentes aspectos da sociedade. O uso correcto da expressão escrita em língua portuguesa é fundamental nestas actividades.
•Utilizar correctamente a língua portuguesa na expressão oral e na emissão de opiniões fundamentadas, através da narração/ descrição e participação em pequenos debates, colóquios, mesas – redondas, painéis, apresentações orais de trabalhos.
•Analisar e produzir materiais iconográficos (plantas/ mapas, gráficos, tabelas, quadros, frisos cronológicos, organigramas, esquemas) enriquecendo a comunicação com a sua utilização.
•Utilizar os meios informáticos como suporte da comunicação.
COMPRENSÃO HISTÓRICA:
.TEMPORALIDADE
•Identificar e caracterizar as principais fases da evolução histórica e os grandes momentos de ruptura do processo evolutivo.
•Localizar no tempo eventos e processos, estabelecer relações entre passado e presente.
•Explicitar as dinâmicas temporais que impulsionam as sociedades humanas (permanências, transformações, desenvolvimentos, evoluções, crises, rupturas e revoluções).
.ESPACIALIDADE
•Localizar e situar no espaço, com recurso a formas diversas de representação espacial.
.CONTEXTUALIZAÇÃO
•Distinguir aspectos de ordem demográfica, económica, social, política e cultural e estabelecer relações entre eles.
•Interpretar o papel dos indivíduos e dos grupos na dinâmica social.
•Relacionar a história nacional com a história universal, abordando a especificidade do caso português.
Módulo 1 – RAÍZES MEDITERRÂNICAS DA CIVILIZAÇÃO EUROPEIA – CIDADE, CIDADANIA E IMPÉRIO NA ANTIGUIDADE CLÁSSICA
Orientação geral:
O módulo 1 centra- se na herança da Antiguidade Clássica, devendo ser desenvolvido de acordo com a seguinte orientação:
- contrastar o modelo político- cultural desenvolvido num espaço de grande dimensão – o Império Romano dos séculos I a IV - com o modelo ateniense no seu período de apogeu (séculos V a IV A. C.);
- centrar o estudo nos aspectos que se prendem com o exercício da cidadania e nos que remetem para cânones culturais revisitados ao longo dos tempos;
- proporcionar condições para a compreensão da importância do legado cultural da cidade antiga na construção da civilização europeia.
Tempo previsto: 20 aulas, sendo de aprofundamento o ponto 2, para o qual serão reservadas cerca de 12 aulas.
Conhecimentos do Ensino Básico considerados como suporte : O espaço mediterrâneo na antiguidade clássica; Os Gregos no sec. V a. C.; O Mundo Romano no
apogeu do Império; Origem e difusão do Cristianismo no Império Romano.
Na sequência da actividade desenvolvida, relevam- se as seguintes aprendizagens:
- identificar a polis ateniense como um centro politicamente autónomo onde se tornou possível desenvolver formas de participação democrática restritas à comunidade dos cidadãos;
- * * interpretar a extensão do direito de cidadania romana como um processo de integração da pluralidade de regiões sob a égide do Estado imperial;
-* * identificar na romanização da Península Ibérica os instrumentos de aculturação das populações submetidas ao domínio romano;
-* * distinguir formas de organização do espaço nas cidades do Império, tendo em conta as suas funções cívicas, políticas e culturais;
-* * sensibilizar- se para a importância do legado político cultural clássico como uma das matrizes da formação da civilização europeia ocidental;
- compreender as virtualidades do espaço mediterrânico como lugar de encontros e de sínteses;
- desenvolver a sensibilidade estética, através da identificação e da apreciação de manifestações artísticas do período clássico;
- valorizar processos de intervenção democrática na vida colectiva.
*Conceitos /** Aprendizagens estruturantes.
Módulo 2 – DINAMISMO CIVILIZACIONAL DA EUROPA OCIDENTAL NOS SÉCULOS XIII A XIV – ESPAÇOS, PODERES E VIVÊNCIAS
Orientação Geral:
O módulo 2 circunscreve- se ao século XIII e à primeira metade do século XIV, devendo ser desenvolvido de acordo com a seguinte orientação:
- salientar, em termos genéricos, os factores de unidade e de diversidade na Europa do século XIII;
- explicitar a articulação entre o mundo rural e o mundo urbano no contexto da afirmação da cidade na Europa feudal;
- evidenciar formas de sociabilidade, cultura e mentalidade que tiveram a sua origem ou afirmação na fase mais dinâmica e criativa da história medieval da
Europa ocidental.
- analisar a especificidade da sociedade portuguesa, no período de afirmação de Portugal como entidade política autónoma.
Tempo previsto: 32 aulas, sendo de aprofundamento o ponto 2 , para o qual serão reservadas cerca de 18 aulas.
Conhecimentos do Ensino Básico considerados como suporte : Formação de Portugal no contexto da Reconquista; Dinamismo do mundo rural nos séculos
XII e XIII ; Lisboa nos circuitos do comércio europeu; Do Românico ao Gótico.
Na sequência da actividade desenvolvida, relevam- se as seguintes aprendizagens:
- reconhecer na sociedade europeia medieval factores de coesão que se sobrepuseram às permanentes diversidades político- regionais, distinguindo a importância da Igreja nesse processo;
- reconhecer no surto demográfico do século XIII, na expansão agrária que o acompanhou e no paralelo desenvolvimento urbano, o desencadear de mecanismos favorecedores de intercâmbios de ordem local, regional e civilizacional ;
-* * reconhecer o senhorio como quadro organizador da vida económica e social no mundo rural tradicional, caracterizando as formas de dominação exercidas sobre as comunidades campesinas;
-* * compreender a especificidade da sociedade portuguesa concelhia, distinguindo a diversidade de estatutos dos seus membros e as modalidades de relacionamento com o poder régio e os poderes senhoriais;
- * * interpretar a afirmação do poder régio em Portugal como elemento estruturante da coesão do país concelhio e do país senhorial e promotor de missões de prestígio e de autonomia do Reino no contexto da cristandade ibérica;
- * * compreender as atitudes e os quadros mentais que enformam a sociedade da época, distinguindo cultura popular de cultura erudita;
- desenvolver a sensibilidade estética através da identificação e apreciação de obras artísticas do período medieval;
- valorizar formas de organização colectiva da vida em sociedade.
* Conceitos/** Aprendizagens estruturantes.
Módulo 3 – A ABERTURA EUROPEIA AO MUNDO – MUTAÇÕES NOS CONHECIMENTOS, SENSIBILIDADES E VALORES NOS SÉCULOS XV E XVI
Orientação Geral
O módulo 3, circunscreve - se aos séculos XV e XVI, devendo ser desenvolvido de acordo com a seguinte orientação :
- proporcionar uma visão integrada da mentalidade e das expressões simbólicas nos séculos de formação da modernidade europeia;
- destacar o papel fundamental de Portugal nesse período histórico, especificando as mudanças de gosto e de mentalidade;
- promover a reflexão sobre o encontro de civilizações e o impacto dos primeiros contactos dos europeus com comunidades humanas até então desconhecidas.
Tempo previsto: 32 aulas, sendo de aprofundamento os pontos 2 . , 3.3. e 4 , para os quais serão reservadas cerca de 16 aulas.
Aprendizagens do Ensino Básico consideradas como suporte: Expansão e mudança nos séculos XV e XVI.
Na sequência da actividade desenvolvida, relevam- se as seguintes aprendizagens:
- ** reconhecer o papel de vanguarda dos portugueses na abertura europeia ao mundo e a sua contribuição para a síntese renascentista;
- identificar a emergência e a progressiva consolidação de uma mentalidade quantitativa e experimental que prepara o advento da ciência moderna e proporciona ao homem um maior domínio e conhecimento do mundo;
- reconhecer o prestígio da coroa portuguesa na Época Moderna e a função valorizante da produção artística e literária nacional;
- ** identificar no urbanismo, na arquitectura e na pintura a expressão de uma nova concepção do espaço, de carácter antropocêntrico;
-* * interpretar as reformas – protestante e católica – como um movimento de humanização e individualização das crenças e de rejuvenescimento do cristianismo, não obstante a violência das manifestações de antagonismo religioso durante a época moderna;
- reconhecer o cristianismo como matriz de identidade dos europeus e referente na apreciação qualitativa das outras culturas/ civilizações;
- ** compreender a modernidade como um fenómeno global que se manifesta nas ideias e nos comportamentos e encontra nos centros urbanos mais dinâmicos da Europa um espaço privilegiado de criação e de irradiação;
- valorizar os contactos multicivilizacionais, distinguindo o relativismo cultural daí decorrente;
- identificar na produção cultural renascentista as heranças da Antiguidade Clássica e as continuidades com o período medieval;
- desenvolver a sensibilidade estética através da identificação e apreciação de obras artísticas e literárias do período renascentista .
* Conceitos / ** Aprendizagens estruturantes.

PROGRAMA: APRESENTAÇÃO

2. Apresentação do Programa
2.1. Finalidades
- Promover o desenvolvimento de competências que permitam a problematização de relações entre o passado e o presente e a interpretação crítica e fundamentada do mundo actual.
- Desenvolver a capacidade de reflexão, a sensibilidade e o juízo crítico, estimulando a produção e a fruição de bens culturais.
- Favorecer a autonomia pessoal e a clarificação de um sistema de valores, numa perspectiva humanista.
- Desenvolver a consciência da cidadania e da necessidade de intervenção crítica em diversos contextos e espaços.

2.2. Objectivos

- Desenvolver atitudes de curiosidade intelectual, de pesquisa e de problematização, face ao saber adquirido e a novas situações.
- Desenvolver a capacidade de autocrítica, de abertura à mudança, de compreensão pela pluralidade de opiniões e pela diversidade de modelos civilizacionais.
- Aprofundar a sensibilidade estética e a dimensão ética, clarificando opções pessoais.
- Desenvolver hábitos de participação em actividades de grupo, assumindo iniciativas e estimulando a intervenção de outros.
- Desenvolver a consciência dos problemas e valores nacionais, dos direitos e deveres democráticos e do respeito pelas minorias.
- Interpretar o conteúdo de fontes, utilizando técnicas e saberes adequados à respectiva tipologia.
- Aplicar instrumentos de análise das ciências sociais na construção do conhecimento histórico.
- Formular hipóteses explicativas de factos históricos.
- Utilizar correctamente o vocabulário específico da disciplina.
- Desenvolver hábitos de organização do trabalho intelectual, utilizando diversos recursos e metodologias.
- Sistematizar conhecimentos e apresentá-los, utilizando diversas técnicas.
- Identificar o conhecimento histórico como um estudo, cientificamente conduzido, do devir das sociedades no tempo e no espaço.
- Identificar os factores que condicionam a relatividade do conhecimento histórico.
- Interpretar o diálogo passado-presente como um processo indispensável à compreensão das diferentes épocas, civilizações e comunidades.
- Reconhecer a complementaridade das perspectivas diacrónica e sincrónica, na análise histórica.
- Reconhecer as interacções entre os diversos campos da história– económico, social, político, institucional, cultural e de mentalidades – entre os diversos níveis de integração espacial, do local ao mundial e do central ao periférico, bem como entre os indivíduos e os grupos.
- Compreender a dinâmica histórica como um processo de continuidades, mudanças e ritmos de desenvolvimento condicionados por uma multiplicidade de factores.

2.3. Competências

As Finalidades e Objectivos enunciados constituem linhas de orientação do processo de ensino e de aprendizagem, esperando-se que, no final do ciclo de estudos, os alunos evidenciem as seguintes competências:

- pesquisar, de forma autónoma mas planificada, em meios diversificados, informação relevante para assuntos em estudo, organizando-a segundo critérios de pertinência; - analisar fontes de natureza diversa, distinguindo informação, implícita e explícita, assim como os respectivos limites para o conhecimento do passado;
- analisar textos historiográficos, identificando a opinião do autor e tomando-a como uma interpretação susceptível de revisão em função dos avanços historiográficos;
- situar cronológica e espacialmente acontecimentos e processos relevantes, relacionando-os com os contextos em que ocorreram;
- identificar a multiplicidade de factores e a relevância da acção de indivíduos ou grupos, relativamente a fenómenos históricos circunscritos no tempo e no espaço;
- situar e caracterizar aspectos relevantes da história de Portugal, europeia e mundial;
- relacionar a história de Portugal com a história europeia e mundial, distinguindo articulações dinâmicas e analogias / especificidades, quer de natureza temática quer de âmbito cronológico, regional ou local;
- mobilizar conhecimentos de realidades históricas estudadas para fundamentar opiniões, relativas a problemas nacionais e do mundo contemporâneo, e para intervir de modo responsável no seu meio envolvente;
- elaborar e comunicar, com correcção linguística e de forma criativa, sínteses de assuntos estudados:
o estabelecendo os seus traços definidores;
o distinguindo situações de ruptura e de continuidade;
o utilizando, de forma adequada, terminologia específica.
- utilizar as tecnologias de informação e comunicação, manifestando sentido crítico na selecção adequada de contributos;.
- assumir responsabilidades em actividades individuais e de grupo;
- participar em dinâmicas de equipa, contribuindo para o estabelecimento de relações harmoniosas e profícuas;
- manifestar abertura à dimensão intercultural das sociedades contemporâneas;
- disponibilizar-se para ampliação e aprofundamento da sua formação.

2.4. Visão geral dos conteúdos/temas

O Programa do Curso de Ciências Sociais e Humanas, entendido como uma reformulação do homologado em 91, apresenta, quanto aos conteúdos, uma estrutura temática, sendo organizado numa perspectiva cronológica, embora não contínua.

A opção por esta estrutura decorre de duas ordens de razões. Por um lado, a natureza do trabalho que se pretende realizar ao nível do ensino secundário – análise mais exigente de fontes, ampliação de algumas áreas de conteúdo consideradas fundamentais para a compreensão do mundo actual, problematização de relações passado-presente ou de linhas explicativas – trabalho que não é compatível com uma grande extensão de conteúdos. Por outro, uma vez que os alunos adquiriram já, no ensino básico, uma visão genérica da evolução das sociedades e a factologia essencial, especialmente no que respeita à história de Portugal, parece lógico considerar, num entendimento de sequencialidade entre o ensino básico e o ensino secundário, que para este nível pode ser reservado um estudo mais aprofundado de alguns aspectos.

Visando a exequibilidade do programa, seleccionaram-se apenas três temas/módulos para cada ano. Estes, num âmbito cronológico que se estende da antiguidade clássica ao mundo contemporâneo, centram-se em momentos significativos da realidade histórica ou determinantes de mutações.

Por razões de pertença e de identidade cultural, destacaram-se as raízes clássicas e medievais da civilização europeia, e as grandes transformações que esta sofreu.

Pela função que o estudo da história do século XX pode ter na aquisição de instrumentos que reforcem uma cidadania interventiva, dedicou-se-lhe todo o 12º ano.

Pela importância que a construção da memória pode assumir, na problematização das relações entre o que somos e o que pretendemos construir, deu-se relevância à história de Portugal, entendida ora na sua singularidade ora como exemplo da evolução mais geral, estabelecendo-se a articulação com a história europeia e a mundial.

Em cada um dos domínios citados procurou-se focar a diversidade e as inter-relações entre os diversos planos - o político, o institucional, o económico, o social, o cultural e o das mentalidades.

Não foram individualizados conteúdos de história local, mas foram apontadas articulações possíveis no âmbito das situações de aprendizagem sugeridas, cuja concretização é deixada ao critério dos professores e das escolas.

O Programa prevê ainda que o estudo dos temas/módulos estabelecidos para o 10º ano seja antecedido de um módulo inicial – situação comum às restantes disciplinas do plano curricular do 10º ano -, no caso da História designado como módulo 0 . Para este módulo não são destacados conteúdos específicos, já que a função do mesmo é fornecer ao professor e aos alunos indicadores das aquisições efectuadas no ensino básico, permitir detectar eventuais desajustamentos e propor caminhos alternativos.

Ano Módulo
10º 0 ESTUDAR / APRENDER HISTÓRIA

Ano Módulo
10º 1. RAÍZES MEDITERRÂNICAS DA CIVILIZAÇÃO EUROPEIA – CIDADE, CIDADANIA E IMPÉRIO NA ANTIGUIDADE CLÁSSICA
2. O DINAMISMO CIVILIZACIONAL DA EUROPA OCIDENTAL NOS SÉCULOS XIII E XIV- ESPAÇOS PODERES E VIVÊNCIAS
3. A ABERTURA EUROPEIA AO MUNDO – MUTAÇÕES NOS CONHECIMENTOS, SENSIBILIDADES E VALORES NOS SÉCULOS XV E XVI
11º(A discutir)
4. A EUROPA NOS SÉCULOS XVII E XVIII – SOCIEDADE, PODER E DINÂMICAS COLONIAIS
5. O LIBERALISMO – IDEOLOGIA E REVOLUÇÃO, MODELOS E PRÁTICAS NOS SÉCULOS XVIII E XIX
6. A CIVILIZAÇÃO INDUSTRIAL - ECONOMIA E SOCIEDADE; NACIONALISMOS E CHOQUES IMPERIALISTAS
12º(A discutir)
7. CRISES E EMBATES IDEOLÓGICOS - DOS ANOS 20 AOS ANOS 60 DO SÉCULO XX
8. PORTUGAL E O MUNDO, DA DÉCADA DE 60 DO SÉCULO XX AOS NOSSOS DIAS – OPÇÕES INTERNAS E CONTEXTO INTERNACIONAL
9. O MULTIFACETADO SÉCULO XX – DAS VANGUARDAS AO PÓS-MODERNISMO; CIÊNCIA E ÉTICA; A SOCIEDADE DA INFORMAÇÃO.

2.5. Sugestões metodológicas gerais

Os princípios enunciados na Introdução e expressos nas Finalidades e Objectivos seleccionados requerem a opção por uma linha metodológica que enfatize o desenvolvimento de aprendizagens promotoras da autonomia pessoal e conducentes à construção progressiva de um quadro de referências orientador da intervenção crítica na vida colectiva.
Um tal processo, que visa desenvolver nos alunos a apropriação consciente de formas de pensar estruturadas e de modos de agir criativos, implica a concepção:

- da aula como um espaço aberto às dinâmicas individuais e de grupo, num equilíbrio entre iniciativas individuais e cooperação;
- do professor como um orientador atento, conciliando o cumprimento da programação com respostas pedagogicamente adequadas às necessidades dos alunos, procedendo à diversificação de estratégias e à necessária individualização do ensino.

Para que os alunos atinjam os objectivos propostos e venham a evidenciar as competências consideradas desejáveis, toda uma variedade de recursos e de actividades poderá ser mobilizada pelo professor, no sentido de:

- incentivar e orientar a pesquisa individual em suportes diversos, dentro e fora da sala de aula;
- estimular a organização e a recolha de dados recorrendo, nomeadamente, às novas tecnologias;
- promover contactos, devidamente programados, com a realidade envolvente;
- programar a realização de tarefas que estimulem capacidades de intervenção crítica e de fruição estética;
- proporcionar condições para a participação dos alunos em actividades que exijam tomadas de posição de carácter ético.

Em qualquer caso, porém, as actividades de carácter mais inovador ou mais complexo não poderão fazer esquecer as bases tradicionais da construção do conhecimento histórico:

- o comentário crítico de fontes de diferentes tipologias que propiciem uma recolha de dados diversificada;
- a elaboração e a análise de rigorosos quadros cronológicos que ajudem a estruturar a informação recolhida;
- a observação e elaboração de mapas de localização dos fenómenos em estudo que conduzam à formulação de hipóteses interpretativas sobre a afirmação e difusão dos mesmos.

O trabalho de crítica das fontes, além de evidenciar a forma como se constrói um conhecimento que não se esgota na aquisição de conteúdos, terá ainda a vantagem de proporcionar a transferência de competências para outros domínios. Com efeito, numa civilização onde os media são determinantes e a apresentação de realidades virtuais é já um facto, torna-se urgente a construção de sólidos processos de desmontagem da informação – construção a que a História pode dar resposta.

Na planificação das actividades haverá o cuidado de as integrar em contextos que acentuem a vertente de construção científica do conhecimento. Assim, convirá que a abordagem dos conteúdos se inicie pelo levantamento de problemas e que sejam promovidas condições para que os alunos consciencializem os caminhos percorridos.

Quer no levantamento inicial de problemas quer na elaboração de pequenas sínteses conclusivas, será indispensável chamar-se a atenção para o estabelecimento de relações passado-presente, tornando explícitas linhas de articulação entre os conhecimentos adquiridos e as vivências dos alunos. Acresce que, no conhecimento histórico que se pretende construído, é necessário atender à vertente narrativa da disciplina, conciliando-a com abordagens de carácter mais estrutural que, inevitavelmente, terão também de ser proporcionadas. Com efeito, as dificuldades que o estudo da disciplina coloca prendem-se, sobretudo, com a compreensão pelos alunos de conceitos referentes a realidades hoje já inexistentes ou com a apreensão da dimensão temporal dos períodos estudados. O recurso a nexos de natureza causal que patenteiem relações entre os diferentes períodos, ou entre o passado e o presente, a evidência das transformações operadas contribuirão, decerto, para uma compreensão por parte dos adolescentes de questões mais complexas.

No plano curricular agora aprovado a institucionalização de aulas de 90 minutos oferece a possibilidade de desenvolvimento, na própria sala de aula, de estratégias mais exigentes em tempo, nomeadamente de pesquisa individual e de trabalho em equipa. Em todos os módulos é apresentada, com carácter de sugestão, uma vasta gama de actividades, contextualizadas em situações de aprendizagem. No entanto, os professores poderão sempre optar por outras, mais consentâneas com exigências da escola ou dos alunos. Em qualquer caso, só uma planificação cuidada das actividades pode propiciar condições para a execução de reais «trabalhos práticos» e conduzir a uma efectiva apropriação, por todos os alunos, dos conteúdos em estudo. A programação dessas actividades exigirá, naturalmente, a constituição de equipas de professores da mesma escola, que assegurem a elaboração dos materiais que suportem de forma coerente e adequada as actividades a realizar pelos alunos. É um trabalho que virá por certo facilitar a articulação entre a disciplina e a Área de Projecto No trabalho visado é também indispensável que o professor se preocupe com a forma como os alunos estudam. Importará discutir formas de utilizar o manual e formas de ampliar e diversificar a informação nele contida. Será também importante suscitar a consulta de obras historiográficas acessíveis, sendo propiciada informação sobre a elaboração de fichas bibliográficas e fichas de leitura. Por outro lado, na pesquisa e organização de informação, deve existir cuidado em sensibilizar para o distanciamento necessário relativamente à apropriação do conhecimento produzido por outros e, no limite, para a propriedade do trabalho intelectual.
Os registos escritos de tipo diversificado produzidos pelos alunos, bem como a apresentação oral de actividades realizadas, devem ser, no ensino secundário, particularmente cuidados. Caberá ao professor, na perspectiva de transversalidade da língua portuguesa, consciencializar os alunos da necessidade de aperfeiçoarem a sua produção linguística.

2.6. Recursos

O cumprimento da linha metodológica proposta exige a mobilização da Escola, no sentido de serem facultados a alunos e professores os recursos essenciais.
Ao nível das salas de aula deverão ser criadas condições que permitam a utilização do retroprojector e do projector de diapositivos; as salas deverão ainda ter expositores de parede para apresentação de projectos em curso e de trabalhos já realizados.

Será também essencial que a escola mobilize os seus recursos globais – criação ou dinamização de um centro de recursos de fácil acesso que integre:

- biblioteca apetrechada com as obras de consulta geral indicadas no programa – atlas, dicionários, enciclopédias, histórias gerais – e com publicações periódicas, no âmbito da História e das Ciências Sociais;
- mediateca com recursos em suportes variados;
- área/s equipada/s com meios que permitam a recolha de informação (gravadores áudio e vídeo, máquina fotográfica), com meios informáticos (PC ligados em rede, com acesso à Internet) e de apresentação pública da informação recolhida e produzida (datashow).
Considera-se, ainda, de interesse que a Escola dinamize a formação de um centro de documentação de história local e regional .

2.7. Avaliação

Parte integrante da linha metodológica seleccionada, a avaliação será entendida como elemento regulador da aprendizagem. Assim, a planificação das práticas de avaliação não se reveste de um carácter autónomo; ela deve fazer parte do processo de gestão das aprendizagens, contribuindo para o fornecimento de informação relevante na perspectiva do professor e na do aluno.Com efeito, convém que o professor, no estabelecimento de objectivos para cada unidade de ensino, não os encare numa perspectiva formalista que atomize os objectivos em torno de cada conteúdo e se traduza numa opção redutora que perca de vista a orientação geral da aprendizagem; mas convém, igualmente, que se não centre apenas no desenvolvimento das estratégias /actividades já que estas são apenas um meio de suscitar a interiorização do conhecimento e dos modos de fazer. A avaliação é, pois, indispensável ao professor, para a obtenção de informação sobre a adequação dos actos de ensino às aquisições desejadas.
Por outro lado, importa que os alunos possam perspectivar os seus progressos, envolvendo-se na construção progressivamente mais consciente das aprendizagens; um tal processo só será viável se tiver sido suscitada nos alunos a representação dos fins a atingir e se lhe for sendo fornecida informação que possa utilizar para se corrigir.
Assim, tornados claros para os alunos, num processo de co-responsabilização, os objectivos a atingir, as tarefas a desenvolver (no âmbito de estratégias que considerem a necessária individualização do ensino ) e os critérios de execução esperados, o professor ajudará cada aluno a encontrar os domínios em que, eventualmente, seja necessário modificar o seu desempenho. Releva-se, pois, o carácter formador da avaliação, em que o diagnóstico tem uma função instrumental. Por isso, e a fim de serem detectados, a tempo, eventuais desajustes, foi criado, como se referiu, à entrada do 10º ano, um módulo inicial com função de diagnóstico e de reorientação. A avaliação interna deve assim garantir o acompanhamento da progressão do trabalho a realizar em cada módulo, revestindo formas adequadas aos objectivos cuja consecução se pretende testar e sendo sensível aos processos e não apenas aos produtos. O que implica que, para além de testes escritos, sejam aplicadas listas de verificação, fichas de observação e outros instrumentos sensíveis à especificidade do desempenho das tarefas, tendo-se consciência de que, em alguns domínios, só no médio prazo serão evidentes os resultados.
A perspectiva formadora da avaliação a que se deu relevo não se pretende porém incompatível com um controlo de características sumativas – interno e externo: professor e alunos sabem que a escola é um colectivo e que, tendo embora cada um direito a ser avaliado na sua individualidade, de modo a poder progredir, todos necessitam de ser confrontados com as exigências sociais, necessidade de que a escola não pode alhear-se.
No curso de Ciências Sociais e Humanas o sistema prevê, no âmbito da avaliação sumativa externa, um exame final, no 12ª ano. A prossecução dos objectivos da disciplina, sistematicamente, visados ao longo dos três anos do Curso, propiciará aos alunos os instrumentos indispensáveis ao êxito nessa testagem final. De modo a auxiliar o professor a estabelecer as linhas de orientação relativamente às metas de avaliação externa, o Programa assinala os conteúdos de aprofundamento, os conceitos e as aprendizagens consideradas estruturantes.

PROGRAMA: INTRODUÇÃO

1. Introdução

As transformações das sociedades contemporâneas, pela rapidez com que se processam e pela cada vez maior imprevisibilidade dos seus desfechos, evidenciaram a importância de uma escolaridade mais dilatada em tempo mas, sobretudo, menos divorciada das realidades quotidianas e das interrogações que estas colocam. Neste contexto complexo – em que se exige «mais escola» mas, simultaneamente, se pretende uma escola diferente – urge assegurar aos jovens formações sólidas, orientadas para o desenvolvimento de competências mobilizadoras da totalidade do indivíduo e que, pelo elevado grau de transferência que apresentem, suscitem desempenhos adequáveis a novas situações.
A reestruturação dos cursos e planos de estudo do ensino secundário e a consequente reformulação dos programas de ensino ocorrem assim como resposta à necessidade enunciada, obrigando a repensar o lugar das disciplinas nos planos de estudo e um modelo de escola capaz de se assumir, também ela, como criadora de currículo. No novo plano curricular, a História surge, tal como na Reforma de 1989, integrada quer em Cursos Tecnológicos quer em Cursos Gerais e nestes, tal como no anterior plano de estudos, faz parte do conjunto de disciplinas da Formação Específica. Porém, a intenção de proporcionar aos alunos uma formação mais adequada às suas reais necessidades, levou a que se optasse, agora, por diversificar os programas de ensino, atribuindo-lhes, em conformidade, diferentes cargas horárias na globalidade do ciclo de estudos. Assim, nos Cursos Gerais, prioritariamente destinados ao ingresso no ensino superior e em que a Formação Específica se destina a preencher uma vertente «científica e técnica no domínio de conhecimento do respectivo curso», a disciplina apresenta um destaque diferente de acordo com a orientação do plano curricular a que respeita. No Curso de Ciências Sociais e Humanas e no de Ciências Sócio-Económicas, a História integra o tronco comum da formação específica, sendo «disciplina estruturante» e, no primeiro daqueles cursos - em que o presente programa se integra -, abrange os três anos do ciclo de estudos, sendo-lhe atribuído o número máximo de horas previsto no currículo do ensino secundário. No Curso de Línguas e Literaturas, a História inclui-se no leque de opções da Formação Específica, razão por que ocorre apenas no último ano do ciclo.
Às diferentes situações enunciadas correspondem programas distintos. O sistema prevê, porém, ainda em obediência ao princípio de adequação às necessidades dos jovens, a possibilidade de o aluno rever o seu percurso, permitindo-lhe a transição quer entre os Cursos Tecnológicos e os Cursos Gerais quer entre as diversas alternativas criadas no âmbito destes últimos. Esta condição torna, obviamente, indispensável a existência de linhas de articulação entre os diversos programas, as quais repousam, sobretudo, num mesmo entendimento de dois aspectos que se encontram intimamente relacionados - o da construção do conhecimento histórico e o das virtualidades formativas da disciplina. Tal como acontece em outros domínios científicos, também a História tem vindo a mudar: formulam-se novas hipóteses, identificam-se novos objectos, diversificam-se metodologias, estabelecem-se relações mais amplas com outros saberes, constroem-se novas interpretações. Este alargamento do campo historiográfico tem vindo, porém, a evidenciar a inevitável revisibilidade do conhecimento ou mesmo a dificuldade em elaborar sínteses de grande dimensão, outrora julgadas possíveis, aspecto que parece tornar complexa a selecção dos domínios que devem ser estabelecidos como objecto de estudo, no ensino secundário. Ora, os jovens, na fase de desenvolvimento em que se encontram durante a frequência deste nível de ensino, necessitam de referentes seguros que lhes permitam interpretar as realidades sociais que com eles interagem; que proporcionem fios de inteligibilidade entre as grandes questões nacionais e os problemas decorrentes de uma globalização cada vez mais envolvente; que se constituam como apoio para as escolhas que inevitavelmente terão de realizar. Nesta perspectiva, a História, cujo objectivo último é, afinal, a compreensão da vida do homem em sociedade, configura-se como uma disciplina de eleição; além disso, a natureza terminal do ciclo de estudos que o ensino secundário constitui torna inevitável operar uma selecção no conjunto de opções que o campo historiográfico patenteia.
O eixo organizador dessa selecção encontra-se neste caso na concepção de História que se perfilha. Entende-se o conhecimento histórico como decorrente de uma construção rigorosa, resultante da confrontação de hipóteses com os dados obtidos na pesquisa e na crítica exaustiva de fontes diversificadas, circunscritas num tempo e num espaço identificados. Esse conhecimento decorre, portanto, da compatibilização de um registo descritivo com uma dimensão problematizante e explicativa, já que é, inquestionavelmente, interpretação de mudanças. Perfilha-se, assim, uma concepção de História abrangente das diversas manifestações da vida das sociedades humanas, sensível à interacção entre o individual e o colectivo e à multiplicidade de factores que, em diversos tempos e espaços, se tornaram condicionantes daquilo que hoje somos.
Considera-se, aliás, que a dificuldade na elaboração de sínteses, acima referida, não pode empurrar-nos nem para uma diluição dos objectos de estudo nem para a sua limitação ao factológico, numa perspectiva redutora. Importa, portanto, circunscrever áreas do conhecimento historiográfico que patenteiem aspectos significativos da evolução da humanidade e que integrem linhas de reflexão problematizadoras das relações entre o passado e o presente. Importa, além disso, mobilizar a diversidade de campos de observação, para tornar consciente a relatividade das escolhas efectuadas pela humanidade, fortemente inseridas num tempo e num espaço determinados.
As opções tomadas têm expressão na eleição de finalidades e de objectivos que dimensionam a vertente formativa da disciplina e se operacionalizam num campo alargado de competências. Porém, porque a vertente pedagógica que se adopta decorre de uma opção construtivista, só o envolvimento dos alunos em experiências de aprendizagem significativas proporcionará a constituição de um quadro de referências indiscutivelmente útil, se objecto de apropriação consciente pelos jovens. É assim que, nas metodologias que se considera indispensável promover, a análise das fontes tem um papel insubstituível. Com efeito, ela contribuirá para o desenvolvimento nos jovens de uma perspectiva crítica; e promoverá também o reforço de uma dimensão ética, já que as inferências inevitáveis de efectuar repousarão em argumentos de carácter documental. Abre-se desse modo o campo para a promoção de aquisições científicas sólidas e, simultaneamente, ao nível do agir, para a integração de hábitos de ponderação de opções, promotores da intervenção consciente e democrática dos jovens na vida colectiva.
A elaboração dos diferentes programas de História dos Cursos Gerais partiu, como se expôs, de uma mesma concepção de conhecimento histórico e do papel da disciplina na formação do aluno. Assim, e tendo em conta que os perfis de saída dos diversos cursos orientarão os alunos para diferentes formações no ensino superior, foi na selecção dos conteúdos que se estabeleceu as necessárias diferenças entre os programas. Reafirma-se porém que os conteúdos, por si só, não permitirão promover o desenvolvimento das competências consideradas essenciais; necessitam de ser integrados num todo coerente, mobilizados através de recursos e de metodologias que se adequem às Finalidades e Objectivos estabelecidos como horizonte desejável.

PROGRAMA

Índice

1. Introdução

2. Apresentação do Programa

2.1. Finalidades
2.2. Objectivos
2.3. Competências
2.4. Visão geral dos conteúdos/temas
2.5. Sugestões metodológicas gerais
2.6. Recursos
2.7. Avaliação

3. Desenvolvimento do programa

3.1. Estrutura dos módulos
3.2. Conceitos operatórios e conceitos metodológicos
3.3.Conteúdos/Conceitos/ Aprendizagens específicas dos módulos

Módulo 0 – Estudar / Aprender História
Módulo 1 – Raízes Mediterrânicas da Civilização Europeia –Cidade, Cidadania e Império na Antiguidade Clássica
Módulo 2 – O Dinamismo Civilizacional da Europa Ocidental nos Séculos XIII e XIV – Espaços, Poderes e Vivências
Módulo 3 – A Abertura Europeia ao Mundo – Mutações nos Conhecimentos, Sensibilidades e Valores nos Séculos XV e XVI

4. Bibliografia

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