Cidade Medieval
As cidades medievais - de entre os séculos XI e XV - dividem-se em diversas categorias: - as cidades de génese romana, que podem ter sido abandonadas em determinada época e depois reocupadas ou ainda, no declínio do Império Romano do Ocidente, ter decrescido; - as cidades que evoluíram a partir de aldeias; - as que têm na sua base um núcleo militar e que foram aceitando e implementando o comércio, chamadas normalmente de burgos; - as cidades novas; - e as denominadas cidades bastide, que surgiram no País de Gales, em Inglaterra e em França e se desenvolvem à volta de um castelo. Somente a partir do século X a Europa começou a atingir uma certa estabilidade económica, comercial e política que permitiu o crescimento das cidades que tinham entrado em declínio após a queda do Império e o desenvolvimento dos burgos, sendo que o século XIII é usualmente considerado como aquele que mais propiciou a vida e a evolução da cidade. As tipologias variam de cidade para cidade, pois algumas, sobretudo as que datam do período romano, correspondem a um planeamento urbano em forma de retícula, enquanto que outras, resultantes de adaptações e evoluções, apresentam uma estrutura muito mais caótica, de crescimento orgânico e descontrolado. Existem, contudo, estruturas coincidentes em quase todas elas, como, por exemplo, as muralhas, os edifícios e jardins, os circuitos viários, o mercado e a igreja. As muralhas, para além de servirem de defesa, funcionavam também como portagem ao comércio, e, como eram barreiras físicas ao crescimento urbano, tinham de ser sucessivamente criadas novas cinturas, como aconteceu, por exemplo, na cidade de Florença. As ruas, que começaram a ser pavimentadas e por onde circulavam bestas de carga e pessoas, revestiam-se de importância especial por ligarem todos os sítios onde se comerciava, que era praticamente em toda a cidade. Ao lado das ruas cresciam os edifícios, sobretudo em altura e muito juntos, uma vez que o espaço confinante com a via era social e comercialmente valorizado. A praça do mercado situava-se normalmente no centro da urbe ou junto à rua principal, e encontrava-se rodeada de edifícios de cota mais ou menos igual, com galerias por baixo. Esta praça podia ter diversas formas, desde a triangular à oval e à quadrada. Em frente à igreja situava-se igualmente uma praça (por vezes confinante com a do mercado), que se revestia de importância particular por ser lá que se reuniam, em convívio, os fiéis antes e depois da missa, e onde eram também deixados os cavalos dos não residentes.
As cidades medievais - de entre os séculos XI e XV - dividem-se em diversas categorias: - as cidades de génese romana, que podem ter sido abandonadas em determinada época e depois reocupadas ou ainda, no declínio do Império Romano do Ocidente, ter decrescido; - as cidades que evoluíram a partir de aldeias; - as que têm na sua base um núcleo militar e que foram aceitando e implementando o comércio, chamadas normalmente de burgos; - as cidades novas; - e as denominadas cidades bastide, que surgiram no País de Gales, em Inglaterra e em França e se desenvolvem à volta de um castelo. Somente a partir do século X a Europa começou a atingir uma certa estabilidade económica, comercial e política que permitiu o crescimento das cidades que tinham entrado em declínio após a queda do Império e o desenvolvimento dos burgos, sendo que o século XIII é usualmente considerado como aquele que mais propiciou a vida e a evolução da cidade. As tipologias variam de cidade para cidade, pois algumas, sobretudo as que datam do período romano, correspondem a um planeamento urbano em forma de retícula, enquanto que outras, resultantes de adaptações e evoluções, apresentam uma estrutura muito mais caótica, de crescimento orgânico e descontrolado. Existem, contudo, estruturas coincidentes em quase todas elas, como, por exemplo, as muralhas, os edifícios e jardins, os circuitos viários, o mercado e a igreja. As muralhas, para além de servirem de defesa, funcionavam também como portagem ao comércio, e, como eram barreiras físicas ao crescimento urbano, tinham de ser sucessivamente criadas novas cinturas, como aconteceu, por exemplo, na cidade de Florença. As ruas, que começaram a ser pavimentadas e por onde circulavam bestas de carga e pessoas, revestiam-se de importância especial por ligarem todos os sítios onde se comerciava, que era praticamente em toda a cidade. Ao lado das ruas cresciam os edifícios, sobretudo em altura e muito juntos, uma vez que o espaço confinante com a via era social e comercialmente valorizado. A praça do mercado situava-se normalmente no centro da urbe ou junto à rua principal, e encontrava-se rodeada de edifícios de cota mais ou menos igual, com galerias por baixo. Esta praça podia ter diversas formas, desde a triangular à oval e à quadrada. Em frente à igreja situava-se igualmente uma praça (por vezes confinante com a do mercado), que se revestia de importância particular por ser lá que se reuniam, em convívio, os fiéis antes e depois da missa, e onde eram também deixados os cavalos dos não residentes.
Sem comentários:
Enviar um comentário