terça-feira, 26 de agosto de 2014

A PÓLIS

"A pólis é um agrupamento político, económico e militar que tem um templo para a divindade, uma acrópole para a defesa, uma ágora para as trocas e assembleias e, quase sempre, um porto para as relações com o exterior: eis os elementos vitais da cidade. "

G. Glotz, Histoire Grecque, vol. I

quarta-feira, 13 de agosto de 2014

Módulo 1 – RAÍZES MEDITERRÂNICAS DA CIVILIZAÇÃO EUROPEIA – CIDADE, CIDADANIA E IMPÉRIO NA ANTIGUIDADE CLÁSSICA

Módulo 1 – RAÍZES MEDITERRÂNICAS DA CIVILIZAÇÃO EUROPEIA – CIDADE, CIDADANIA E IMPÉRIO NA ANTIGUIDADE CLÁSSICA
Orientação geral: O módulo 1 centra-se na herança da Antiguidade Clássica, devendo ser desenvolvido de acordo com a seguinte orientação:
 - contrastar o modelo político-cultural desenvolvido num espaço de grande dimensão – o Império Romano dos séculos I a IV - com o modelo ateniense no seu período de apogeu (séculos V a IV a. C.);
 - centrar o estudo nos aspectos que se prendem com o exercício da cidadania e nos que remetem para cânones culturais revisitados ao longo dos tempos;
- proporcionar condições para a compreensão da importância do legado cultural da cidade antiga na construção da civilização europeia.
Tempo previsto: 20 aulas, sendo de aprofundamento o ponto 2., para o qual serão reservadas cerca de 12 aulas.
Conhecimentos do Ensino Básico considerados como suporte: O espaço mediterrâneo na antiguidade clássica; Os Gregos no sec. V a.C.; O Mundo Romano no apogeu do Império; Origem e difusão do Cristianismo no Império Romano.
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Na sequência da actividade desenvolvida, relevam-se as seguintes aprendizagens:
 - identificar a polis ateniense como um centro politicamente autónomo onde se tornou possível desenvolver formas de participação democrática restritas à comunidade dos cidadãos;
 - **interpretar a extensão do direito de cidadania romana como um processo de integração da pluralidade de regiões sob a égide do Estado imperial;
 - **identificar na romanização da Península Ibérica os instrumentos de aculturação das populações submetidas ao domínio romano;
- **distinguir formas de organização do espaço nas cidades do Império, tendo em conta as suas funções cívicas, políticas e culturais;
 - **sensibilizar-se para a importância do legado político cultural clássico como uma das matrizes da formação da civilização europeia ocidental;
 - compreender as virtualidades do espaço mediterrânico como lugar de encontros e de sínteses;
- desenvolver a sensibilidade estética, através da identificação e da apreciação de manifestações artísticas do período clássico;
- valorizar processos de intervenção democrática na vida colectiva.
 *Conceitos/**Aprendizagens estruturantes

Módulo 2 – DINAMISMO CIVILIZACIONAL DA EUROPA OCIDENTAL NOS SÉCULOS XIII A XIV – ESPAÇOS, PODERES E VIVÊNCIAS

Módulo 2 – DINAMISMO CIVILIZACIONAL DA EUROPA OCIDENTAL NOS SÉCULOS XIII A XIV – ESPAÇOS, PODERES E VIVÊNCIAS
Orientação Geral:
 O módulo 2 circunscreve-se ao século XIII e à primeira metade do século XIV, devendo ser desenvolvido de acordo com a seguinte orientação:
 - salientar, em termos genéricos, os factores de unidade e de diversidade na Europa do século XIII;
- explicitar a articulação entre o mundo rural e o mundo urbano no contexto da afirmação da cidade na Europa feudal; - evidenciar formas de sociabilidade, cultura e mentalidade que tiveram a sua origem ou afirmação na fase mais dinâmica e criativa da história medieval da Europa ocidental.
- analisar a especificidade da sociedade portuguesa, no período de afirmação de Portugal como entidade política autónoma.
Tempo previsto: 32 aulas, sendo de aprofundamento o ponto 2., para o qual serão reservadas cerca de 18 aulas.
Conhecimentos do Ensino Básico considerados como suporte: Formação de Portugal no contexto da Reconquista; Dinamismo do mundo rural nos séculos XII e XIII; Lisboa nos circuitos do comércio europeu; Do Românico ao Gótico.
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Na sequência da actividade desenvolvida, relevam-se as seguintes aprendizagens:
 - reconhecer na sociedade europeia medieval factores de coesão que se sobrepuseram às permanentes diversidades político-regionais, distinguindo a importância da Igreja nesse processo;
 - reconhecer no surto demográfico do século XIII, na expansão agrária que o acompanhou e no paralelo desenvolvimento urbano, o desencadear de mecanismos favorecedores de intercâmbios de ordem local, regional e civilizacional;
 - **reconhecer o senhorio como quadro organizador da vida económica e social no mundo rural tradicional, caracterizando as formas de dominação exercidas sobre as comunidades campesinas;
- **compreender a especificidade da sociedade portuguesa concelhia, distinguindo a diversidade de estatutos dos seus membros e as modalidades de relacionamento com o poder régio e os poderes senhoriais;
 - **interpretar a afirmação do poder régio em Portugal como elemento estruturante da coesão do país concelhio e do país senhorial e promotor de missões de prestígio e de autonomia do Reino no contexto da cristandade ibérica;
 - **compreender as atitudes e os quadros mentais que enformam a sociedade da época, distinguindo cultura popular de cultura erudita;
- desenvolver a sensibilidade estética através da identificação e apreciação de obras artísticas do período medieval; - valorizar formas de organização colectiva da vida em sociedade.

*Conceitos/**Aprendizagens estruturantes

Módulo 3 – A ABERTURA EUROPEIA AO MUNDO – MUTAÇÕES NOS CONHECIMENTOS, SENSIBILIDADES E VALORES NOS SÉCULOS XV E XVI

Módulo 3 – A ABERTURA EUROPEIA AO MUNDO – MUTAÇÕES NOS CONHECIMENTOS, SENSIBILIDADES E VALORES NOS SÉCULOS XV E XVI
Orientação Geral:
O módulo 3, circunscreve-se aos séculos XV e XVI, devendo ser desenvolvido de acordo com a seguinte orientação:
- proporcionar uma visão integrada da mentalidade e das expressões simbólicas nos séculos de formação da modernidade europeia;
- destacar o papel fundamental de Portugal nesse período histórico, especificando as mudanças de gosto e de mentalidade;
- promover a reflexão sobre o encontro de civilizações e o impacto dos primeiros contactos dos europeus com comunidades humanas até então desconhecidas.
Tempo previsto: 32 aulas, sendo de aprofundamento os pontos 2., 3.3. e 4., para os quais serão reservadas cerca de 16 aulas.
Aprendizagens do Ensino Básico consideradas como suporte: Expansão e mudança nos séculos XV e XVI.
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Na sequência da actividade desenvolvida, relevam-se as seguintes aprendizagens:
- **reconhecer o papel de vanguarda dos portugueses na abertura europeia ao mundo e a sua contribuição para a síntese renascentista;
- identificar a emergência e a progressiva consolidação de uma mentalidade quantitativa e experimental que prepara o advento da ciência moderna e proporciona ao homem um maior domínio e conhecimento do mundo;
- reconhecer o prestígio da coroa portuguesa na Época Moderna e a função valorizante da produção artística e literária nacional;
 - **identificar no urbanismo, na arquitectura e na pintura a expressão de uma nova concepção do espaço, de carácter antropocêntrico;
- **interpretar as reformas – protestante e católica – como um movimento de humanização e individualização das crenças e de rejuvenescimento do Cristianismo, não obstante a violência das manifestações de antagonismo religioso durante a época moderna;
 - reconhecer o Cristianismo como matriz de identidade dos europeus e referente na apreciação qualitativa das outras culturas/civilizações;
- **compreender a modernidade como um fenómeno global que se manifesta nas ideias e nos comportamentos e encontra nos centros urbanos mais dinâmicos da Europa um espaço privilegiado de criação e de irradiação; - valorizar os contactos multicivilizacionais, distinguindo o relativismo cultural daí decorrente;
- identificar na produção cultural renascentista as heranças da Antiguidade Clássica e as continuidades com o período medieval; - desenvolver a sensibilidade estética através da identificação e apreciação de obras artísticas e literárias do período renascentista.
 *Conceitos/**Aprendizagens estruturantes

domingo, 10 de agosto de 2014

ESTUDAR / APRENDER HISTÓRIA

Módulo Inicial – ESTUDAR / APRENDER HISTÓRIA
Orientação Geral:
 O módulo inicial reveste-se de um carácter propedêutico, devendo ser desenvolvido de acordo com a seguinte orientação:
- conhecer a situação dos alunos, a partir de uma avaliação diagnóstica, relativamente ao conhecimento histórico e às competências específicas com ele relacionadas(1);
- proceder à recuperação orientada dos grandes quadros cronológicos e espaciais globais proporcionados pelas aprendizagens previstas no ensino básico;
- sensibilizar para a importância do conhecimento histórico como suporte de inteligibilidade do mundo contemporâneo;
 - valorizar os saberes dos alunos, visando a reorientação e o desenvolvimento de atitudes favoráveis à aprendizagem. Deverão ser excluídas teorizações sobre metodologias da História e sobre o estatuto epistemológico do conhecimento histórico.
Tempo previsto: 6 aulas.

Consideram-se como aprendizagens relevantes as que são contempladas na matriz de competências essenciais promovidas no Ensino Básico, destacando-se:
 - compreender a noção de período histórico como resultado de uma reflexão sobre permanências e mutações nos modos de vida das sociedades, num dado espaço; - organizar quadros cronológicos e espaciais da História de Portugal e da História Geral estabelecendo inter-relações;
- reconhecer a diversidade de documentos e a necessidade de uma leitura crítica; - exercitar a prática de recolha de informação e a sua transformação em conhecimento;
 - desenvolver a noção de relativismo cultural.

As novas representações da humanidade

5. As novas representações da humanidade
 - O encontro de culturas e as dificuldades de aceitação do princípio da unidade do género humano: evangelização e escravização; os antecedentes da defesa dos direitos humanos.
Proselitismo
 Missionação*
Miscigenação
Providencialismo
 Direitos Humanos*
 Racismo
Época moderna

A renovação da espiritualidade e religiosidade

4. A renovação da espiritualidade e religiosidade 
4.1. A Reforma Protestante 
- Individualismo religioso e críticas à Igreja Católica. 
A ruptura teológica. - As igrejas reformadas. 
4.2. Contra Reforma e Reforma Católica 
- Reafirmação do dogma e do culto tradicional. 
- A reforma disciplinar; o combate ideológico. 
- O impacto da reforma católica na sociedade portuguesa.
Reforma*
Heresia
Dogma*
Predestinação
Sacramento*
Rito
Concílio
Seminário
Catecismo
Inquisição
Index

A PRODUÇÃO CULTURAL

3. A produção cultural
3.1. Distinção social e mecenato
 - A ostentação das elites cortesãs e burguesas.
O estatuto de prestígio dos intelectuais e artistas.
- Portugal: o ambiente cultural da corte régia.
3.2. Os caminhos abertos pelos humanistas
- Valorização da antiguidade clássica e consciência da modernidade; a afirmação das línguas nacionais.
- Individualismo, espírito crítico, racionalidade e utopia.
3.3. A reinvenção das formas artísticas 
- Imitação e superação dos modelos da antiguidade. 
- A centralidade do observador na arquitectura e na pintura: a perspectiva matemática; a racionalidade no urbanismo. 
A expressão naturalista na pintura e na escultura. 
- A arte em Portugal: o gótico-manuelino e a afirmação das novas tendências renascentistas.
Intelectual
Civilidade
Renascimento*
Humanista*
Antropocentrismo*
Naturalismo
Classicismo*
 Perspectiva
Manuelino*

O alargamento do conhecimento do mundo

2. O alargamento do conhecimento do mundo
 - O contributo português: inovação técnica; observação e descrição da natureza.
 - A matematização do real; a revolução das concepções cosmológicas.
Navegação astronómica
Cartografia
Experiencialismo
* Mentalidade quantitativa
Revolução coperniciana*

A ABERTURA EUROPEIA AO MUNDO – MUTAÇÕES NOS CONHECIMENTOS, SENSIBILIDADES E VALORES NOS SÉCULOS XV E XVI

1. A geografia cultural europeia de Quatrocentos e Quinhentos
- Principais centros culturais de produção e difusão de sínteses e inovações.
- O cosmopolitismo das cidades hispânicas
 – importância de Lisboa e Sevilha.

Valores, vivências e quotidiano

3. Valores, vivências e quotidiano
3.1. A experiência urbana - Uma nova sensibilidade artística – o gótico.
- As mutações na expressão da religiosidade: ordens mendicantes e confrarias.
- A expansão do ensino elementar; a fundação de Universidades.
3.2. A vivência cortesã
- A cultura leiga e profana nas cortes régias e senhoriais: educação cavaleiresca, amor cortês, culto da memória dos antepassados.
3.3. A difusão do gosto e da prática das viagens: peregrinações e romarias; negócio e missões político-diplomáticas
Confraria
Corporação
Universidade
Cultura erudita
* Cultura popular
* Arte gótica
Época medieval

O espaço português – a consolidação de um reino cristão ibérico

2. O espaço português – a consolidação de um reino cristão ibérico 
2.1. A fixação do território – do termo da Reconquista ao estabelecimento e fortalecimento de fronteiras. 2.2. O país urbano e concelhio 
- A multiplicação de vilas e cidades concelhias; a organização do território e do espaço citadino. 
- O exercício comunitário de poderes concelhios; a afirmação política das elites urbanas. 
2.3. O país rural e senhorial 
- O exercício do poder senhorial: privilégios e imunidades; a exploração económica do senhorio; a situação social e económica das comunidades rurais dependentes. 
2.4. O poder régio, factor estruturante da coesão interna do reino 
- A centralização do poder 
– justiça, fiscalidade e defesa; a reestruturação da administração central e local
 – o reforço dos poderes da chancelaria e a institucionalização das Cortes. 
- O combate à expansão senhorial e a promoção política das elites urbanas. 
- A afirmação de Portugal no quadro político ibérico.
Reconquista* Concelho* Carta de foral Mesteiral Imunidade* Vassalidade* Monarquia feudal* Cúria Cortes/Parlamentos* Inquirições Legista

DINAMISMO CIVILIZACIONAL DA EUROPA OCIDENTAL NOS SÉCULOS XIII A XIV – ESPAÇOS, PODERES E VIVÊNCIAS

1. A identidade civilizacional da Europa ocidental
1.1. Poderes e crenças - multiplicidade e unidade
- Uma geografia política diversificada: impérios, reinos, senhorios e comunas; imprecisão de fronteiras internas e externas.
- A organização das crenças: o poder do Bispo de Roma na Igreja ocidental; o reforço da coesão interna face a Bizâncio e ao Islão.
1.2. O quadro económico e demográfico – expansão e limites do crescimento
- Expansão agrária, dinamização das trocas regionais e afirmação das grandes rotas do comércio externo.
- A fragilidade do equilíbrio demográfico.

Reino* Senhorio* Comuna Papado* Igreja Ortodoxa Grega Islão Burguesia Economia monetária

O espaço civilizacional greco-latino à beira da mudança

3. O espaço civilizacional greco-latino à beira da mudança
- O Império universal romano-cristão. A Igreja e a transmissão do legado político-cultural clássico.
- Prenúncios de uma nova geografia política: a presença dos “Bárbaros” no Império.
Igreja romano-cristã
Civilização*
 Época clássica

O modelo romano

2. O modelo romano 
2.1. Roma, cidade ordenadora de um império urbano - A unidade do mundo imperial: o culto a Roma e ao imperador, a codificação do direito, a progressiva extensão da cidadania. 
2.2. A afirmação imperial de uma cultura urbana pragmática - A padronização do urbanismo e a fixação de modelos arquitectónicos e escultóricos. - A apologia do Império na épica e na historiografia; a formação de uma rede escolar urbana uniformizada. 
2.3. A romanização da Península Ibérica, um exemplo de integração de uma região periférica no universo imperial.
Urbe* Império* Forum Direito* Magistratura Urbanismo* Pragmatismo Romanização* Município Aculturação


Augustus Caesar 


RAÍZES MEDITERRÂNICAS DA CIVILIZAÇÃO EUROPEIA – CIDADE, CIDADANIA E IMPÉRIO NA ANTIGUIDADE CLÁSSICA

1. O modelo ateniense
1.1. A democracia antiga: os direitos dos cidadãos e o exercício de poderes
1.2. Uma cultura aberta à cidade - As grandes manifestações cívico-religiosas. - A educação para o exercício público do poder. - A arquitectura e a escultura, expressão do culto público e da procura da harmonia.
Polis
Agora
Democracia antiga
Cidadão*
Meteco
Escravo
Ordem arquitectónica

sábado, 9 de agosto de 2014

COMPETÊNCIAS ESSENCIAIS PROMOVIDAS NO ENSINO BÁSICO - de acordo com publicação do enunciado de Competências Essenciais em História

TRATAMENTO DE INFORMAÇÃO/UTILIZAÇÃO DE FONTES
 • Participar na selecção de informação adequada aos temas em estudo; interpretar documentos com mensagens diversificadas; formular hipóteses de interpretação de factos históricos; realizar trabalhos simples de pesquisa, individualmente ou em grupo.
 • Inferir conceitos históricos a partir da interpretação e análise cruzada de fontes com linguagens diversas (textos, imagens, mapas e plantas, tabelas cronológicas, gráficos e quadros).
 • Utilizar meios informáticos no tratamento gráfico da informação (mapas e gráficos), no processamento de informação e comunicação de ideias e consulta, interpretação, organização e avaliação da informação. COMUNICAÇÃO EM HISTÓRIA
 • Utilizar diversas formas de comunicação escrita, nomeadamente, na produção de biografias, diários, narrativas, resumos, sínteses, relatórios, aplicando o vocabulário específico da História na descrição, relacionação e explicação dos diferentes aspectos da sociedade.
O uso correcto da expressão escrita em língua portuguesa é fundamental nestas actividades.
 • Utilizar correctamente a língua portuguesa na expressão oral e na emissão de opiniões fundamentadas, através da narração/descrição e participação em pequenos debates, colóquios, mesas - - redondas, painéis, apresentações orais de trabalhos.
 • Analisar e produzir materiais iconográficos (plantas/mapas, gráficos, tabelas, quadros, frisos cronológicos, organigramas, esquemas) enriquecendo a comunicação com a sua utilização.
 • Utilizar os meios informáticos como suporte da comunicação.
 COMPREENSÃO HISTÓRICA:
 ♦ TEMPORALIDADE
 • Identificar e caracterizar as principais fases da evolução histórica e os grandes momentos de ruptura do processo evolutivo.
 • Localizar no tempo eventos e processos, estabelecer relações entre passado e presente.
 • Explicitar as dinâmicas temporais que impulsionam as sociedades humanas (permanências, transformações, desenvolvimentos, evoluções, crises, rupturas e revoluções).
 ♦ ESPACIALIDADE
 • Localizar e situar no espaço, com recurso a formas diversas de representação espacial. 
♦ CONTEXTUALIZAÇÃO
 • Distinguir aspectos de ordem demográfica, económica, social, política e cultural e estabelecer relações entre eles.
 • Interpretar o papel dos indivíduos e dos grupos na dinâmica social.
 • Relacionar a história nacional com a história universal, abordando a especificidade do caso português.

Competências

Competências
 As Finalidades e Objectivos enunciados constituem linhas de orientação do processo de ensino e de aprendizagem, esperando-se que, no final do ciclo de estudos, os alunos evidenciem as seguintes competências:
 - pesquisar, de forma autónoma mas planificada, em meios diversificados, informação relevante para assuntos em estudo, organizando-a segundo critérios de pertinência;
 - analisar fontes de natureza diversa, distinguindo informação, implícita e explícita, assim como os respectivos limites para o conhecimento do passado;
 - analisar textos historiográficos, identificando a opinião do autor e tomando-a como uma interpretação susceptível de revisão em função dos avanços historiográficos;
 - situar cronológica e espacialmente acontecimentos e processos relevantes, relacionando-os com os contextos em que ocorreram;
 - identificar a multiplicidade de factores e a relevância da acção de indivíduos ou grupos, relativamente a fenómenos históricos circunscritos no tempo e no espaço;
 - situar e caracterizar aspectos relevantes da história de Portugal, europeia e mundial;
 - relacionar a história de Portugal com a história europeia e mundial, distinguindo articulações dinâmicas e analogias/especificidades, quer de natureza temática quer de âmbito cronológico, regional ou local;
 - mobilizar conhecimentos de realidades históricas estudadas para fundamentar opiniões, relativas a problemas nacionais e do mundo contemporâneo, e para intervir de modo responsável no seu meio envolvente;
 - elaborar e comunicar, com correcção linguística e de forma criativa, sínteses de assuntos estudados: o estabelecendo os seus traços definidores; o distinguindo situações de ruptura e de continuidade; o utilizando, de forma adequada, terminologia específica;
 - utilizar as tecnologias de informação e comunicação, manifestando sentido crítico na selecção adequada de contributos;
 - assumir responsabilidades em actividades individuais e de grupo;
 - participar em dinâmicas de equipa, contribuindo para o estabelecimento de relações harmoniosas e profícuas;
 - manifestar abertura à dimensão intercultural das sociedades contemporâneas;
 - disponibilizar-se para ampliação e aprofundamento da sua formação.

quinta-feira, 7 de agosto de 2014

Evolução Política em Atenas

Evolução Política em Atenas
1. Monarquia (até ao séc. VII A.C) -regime político no qual o rei governa a cidade com todos os poderes: político, militar e religioso.
2. Aristocracia / Oligarquia (séc. VII A.C) -regime em que o poder pertence a um pequeno número de famílias ricas e poderosas.
3. A acção dos Reformadores:
3.1. Drácon (621 A.C) -A revolução draconiana não foi só o estabelecimento de normas válidas para todos: ela visou também a exigência da publicidade dos julgamentos. Doravante o poder tradicional que continuava nas mãos dos nobres, teria de explicar publicamente as decisões judiciárias, o que equivalia ao aparecimento do logos. Foi o triunfo da linguagem comum.
3.2. Sólon (594-593 A.C) -medidas:
* Decretou a libertação dos camponeses que tinham sido escravizados por dívidas;
* Impôs limites às propriedades agrárias;
* Reformou o sistema monetário e fomentou o comércio e as atividades artesanais, dando a muitos metecos a oportunidade de enriquecerem;
* Repartiu os cidadãos em 4 classes conforme as suas posses.
3.3. Tirania (séc.VI A.C) -regime político em que o poder é usurpado pela força e é exercido por um homem [tirano] apoiado numa pequena parte do povo sem atender às instituições tradicionais.
3.4. Reformas de Pisístrato (560-572 A.C) :
* Procedeu a uma reforma agrária, confiscando terras aos nobres e distribuindo-as pelo campesinato;
* Assegurou o abastecimento de trigo, fundação de feitorias comerciais e colónias;
* Mandou embelezar a cidade iniciando a construção dos templos da Acrópole: o Pártenon, o templo de Zeus, etc.;
 * Organizou festas e cultos religiosos .
* Ordenou a compilação dos Poemas Homéricos
3.5. Reformas de Clístenes (508-507 A.C) :
* Toda a Ática dividida em 100 demos, circunscrições territoriais, de dimensões semelhantes, agrupados em 10 tribos.
* Cada tribo incluiria, obrigatoriamente, demos da cidade [Atenas e arredores], da costa e do interior [montanha e planície], de modo a misturarem-se os vários grupos sociais e evitar-se o desenvolvimento de interesses regionais que prejudicassem a comunidade.
* Todos os homens nascidos livres na Ática seriam cidadãos beneficiando da igualdade perante a lei [isonomia] e de iguais direitos políticos [isocracia].
* O cidadão ateniense passaria a designar-se pelo nome do demos onde vivia, no qual devia registar-se, e não mais pelo da família [patronímico].
* De todas as tribos retirar-se-iam, em igual número, os magistrados e os membros das assembleias.
* A fim de evitar qualquer forma de tirania estabeleceu o ostracismo: a assembleia do povo podia expulsar da cidade, por 10 anos, qualquer pessoa que demonstrasse ambição pessoal.
Conclusão: De futuro, todo o indivíduo, nascido livre no território de Atenas, identificar-se-ia social e politicamente, não pela sua classe, mas pelo demos que habitava.
3.6. Reformas de Péricles:
* As mistoforias -remunerações para os cargos de juiz, depois extensíveis aos de buleuta e de arconte, assim como à participação nos trabalhos da Eclésia.

TESTE: O MODELO ATENIENSE

Para cada uma das questões, escolha a alínea que considere mais correcta
 1) Os factores de unidade do espaço mediterrâneo são:
 a) as montanhas, os rios e as ilhas;
b) o mar e o clima;
c) as penínsulas e as cordilheiras.
 2) Na cidade-estado grega, a Ágora era:
) a zona mais alta da cidade, rodeada de muralhas;
b) o local onde se situavam os edifícios político-militares e os principais templos;
c) a praça pública, situada na parte baixa da cidade onde se reuniam os cidadãos.
 3) Clístenes ficou conhecido:
 a) por editar leis que reduziram os poderes políticos dos cidadãos;
b) por ser um herói lendário;
c) por empreender um conjunto de medidas destinadas a alargar o corpo cívico da cidade-estado.
 4) O regime político ateniense nos séc. V e IV A.C. é o de uma democracia directa porque:
a) o governo era exercido pelos próprios cidadãos;
b) os cidadãos podiam eleger os seus representantes;
c) só os cidadãos podiam ser eleitos para os cargos públicos.
 5) Isonomia era:
a) A igualdade de acesso aos cargos públicos;
b) A igualdade de direito no uso à palavra;
 c) A igualdade perante a lei.
 6) As mistoforias eram:
a) As festas em honra da deusa Métis;
 b) As remunerações para os cargos públicos;
c) As lendas dos heróis gregos.
 7) Qual dos seguintes órgãos não fazia parte da organização do poder político em Atenas nos séculos V e IV A.C.?
a) A Bulé;
 b) O Senado;
c) A Eclésia.
 8) A ordem arquitectónica dórica caracteriza-se, entre outros elementos, por:
a) Colunas de arestas vivas, sem base e capitel simples;
 b) Colunas de arestas cortadas, assente numa base, com capitel de volutas e friso contínuo;
c) Colunas lisas, sem base, capitel esculpido (em forma de acanto, de mulher, homem) e sem friso. 
9) Excluídos da cidadania eram em toda a Grécia:
a) Os escravos;
 b) As mulheres e os escravos;
c) As mulheres, os escravos e os estrangeiros.
 Questões 1 2 3 4 5 6 7 8 9 Respostas B C C A C B B A C

O MUNDO ATENIENSE

Democracia antiga
A colina Pnyx.
No Séc. V a.C.o local de reunião da Eclésia
foi transferido para esta colina sobranceira à Acropole.


A Grécia foi, entre os séculos XX e XVII, invadida por sucessivas vagas de povos indo-europeus que aí se instalaram.
Foi na Grécia, mais propriamente na cidade-estado (polis) de Atenas, no século V a.C. que nasceu a democracia. Era uma forma de governo totalmente nova e os seus criadores achavam ser a mais justa e a mais conforme com a dignidade do ser humano.
Juntos deram origem aos Gregos ou Helenos (Helenos porque se julgavam filhos de Hélen) (Gregos foi-lhes dado mais tarde pelos latinos)
 Um mundo de cidades-Estado
 A Grécia antiga compreende-se na Península balcânica (Grécia continental), nas costas da Ásia menor (Grécia asiática), e entre estas duas margens, as numerosas ilhas que pontuam o mar Egeu (Grécia insular). O território grego é um território montanhoso e recortado que o mar mediterrâneo penetra profundamente. A Polis
 A polis termo pelo qual os gregos designavam as pequenas comunidades em que viviam.
 O mundo helénico era constituído por uma multiplicidade de polis, minúsculas comunidades independentes organizadas em torno de um núcleo urbano.
Cada polis (ou cidade-Estado), ocupava naturalmente um território próprio.
A Atenas, por exemplo, pertencia a Ática.
A Ática incluía zonas agrícolas e montanhosas, um porto de mar, o Pireu, tudo girando em volta da cidade. Os cidadãos atenienses viviam indiscriminadamente em qualquer lugar da Ática, dedicando-se às mais variadas ocupações.
A população de Atenas era sua na maioria, formada por escravos e estrangeiros, aos quais não era reconhecido o estatuto de cidadão.
 Por isso, o corpo cívico (conjunto de cidadãos) era muito reduzido.
Aos cidadãos, e só a eles, cabia a condução dos negócios públicos, a organização das cerimónias religiosas e a feitura das leis, às quais os gregos davam enorme respeito.
O território, o corpo cívico e um conjunto de leis próprias eram, pois, imprescindíveis à existência da polis. Os Gregos pensavam que a sua sobrevivência como comunidade autónoma só estaria assegurada se a polis se bastasse a si própria em todos os aspectos, nomeadamente no aspecto económico.
Este ideal de autarcia, palavra grega que significa auto-suficiência, prendia-se não só com o espírito orgulhoso e independente dos helenos, como as profundas rivalidades que dividiram as cidades-Estado e semearam entre elas a discórdia a até a guerra.
Para os Gregos, a pequena polis tinha a dimensão ideal, aquela que permitia, bem melhor do que a dos grandes impérios, desenvolver a habilidade politica e as qualidades morais, estéticas e intelectuais dos cidadãos que a constituíam.
 A organização do espaço cívico
 A acrópole era o centro da vida religiosa e politica da cidade. Aí se situavam as residências do rei e dos nobres e os principais templos.
 Porém, com o passar do tempo, a acrópole tornou-se sobretudo um local de culto.
Nela se erguiam os principais templos da cidade e para ela se encaminhavam tanto as grandes procissões como aqueles que, individualmente, pretendiam honrar os deuses com as suas oferendas.
 A vida quotidiana das cidades das cidades helénicas desenrolava-se, sobretudo, na parte mas baixa da cidade, onde se situava a ágora ou praça pública.
 A ágora era a praça pública das cidades gregas, localizada na sua parte mais baixa.
Era o centro político, económico e social da cidade, partilhando ainda com a acrópole funções religiosas.
 É na ágora que, durante a manha, se realiza o mercado e, durante a tarde, os cidadãos se encontram para conviver e discutir os assuntos da polis.
Constroem-se também templos e altares, porque a religiosidade dos Gregos obriga a que os deuses estejam por toda a parte.
Em redor da agora espalham-me casas, de inicio desalinhadamente, depois, em algumas cidades gregas, alinhadas de forma geométrica. Valorizando a vida cívica e religiosa, os Gregos erigiam templos e edifícios públicos requintados, obra dos seus melhores artistas. Na agora e na acrópole situavam-se, por isso, os mais belos edifícios da cidade.
Em contrapartida, os bairros residenciais eram geralmente acanhados, com ruas estreitas e pequenas casas cúbicas.
 O homem Grego desconhecia aquilo a que chamamos “comodidades”, pois levava uma vida simples e austera. Era ao ar livre que o homem grego passava grande parte do seu tempo, que tratava dos negócios públicos e privados, que convivia, que filosofava, que exercitava o corpo, que assistia as peças de teatro… Democracia Ateniense
 No conjunto das cidades-Estado gregas, Atenas ocupava um lugar destacado.
Para além do seu poderio económico e militar, a polis ateniense tornou-se num brilhante centro cultural e político.
Um dos aspectos que mais contribuíram para o prestígio da cidade foi a sua original forma de governo.
Os Atenienses chamaram-lhe democracia. Este sistema democrático não se implantou facilmente.
De inicio o governo da cidade estava reservado, em exclusivo, a um conjunto de ricos proprietários que só muito dificilmente aceitaram abrir mão do seu poder
 Os direitos dos cidadãos: insomomia, isocracia e isegoria
 Fundamento dos regimes democráticos, a igualdade entre todos os cidadãos.
 Em 1º lugar, a igualdade perante a lei ou insonomia.
A nenhum cidadão são concebidos privilégios baseados na riqueza ou no prestígio da sua família
 Em 2º lugar, a igualdade de acesso aos casos políticos ou isocracia.
Todo o cidadão ateniense tinha o direito e o dever de participar no governo da polis.
Todos tinham igual direito de voto.
 Em 3º e ultimo lugar, o igual direito de todos ao uso da palavra ou isegoria.
Nas assembleias, nos tribunais ou no exército das magistraturas, todos podiam defender livremente as suas opiniões.
 Uma democracia directa
 Na Grécia não havia partidos políticos nem havia um corpo Professional de juízes ou de altos funcionários do Estado.
Cada cidadão actuava por si próprio, desempenhando à vez, os cargos necessários ao bom andamento dos assuntos da cidade.
A democracia grega era, por isso, uma democracia directa e todo aquele que se desinteressava dos assuntos públicos era malvisto pela polis.
 O exercito dos poderes A eclésia ou Assembleia Popular - assembleia de todos os cidadãos.
Competia à eclésia discutir e votar as leis, decidir da paz da guerra, apreciar a actuação dos magistrados ou deliberar sobre outro qualquer assunto que respeitasse ao governo da cidade UMA ASSEMBLEIA A bulé ou conselho dos 500 - poder legislativo (fazer as leis), uma vez que elaborava as propostas do rei e toma decisões correntes.
Formavam este concelho 500 membros, sorteados anualmente, à razão de 50 por tribo.
Ninguém podia ser membro da bulé mais de duas vezes na vida DOIS MAGISTRADOS
 Os estrategos - 10 magistrados eleito anualmente.
Os únicos magistrados eleitos com base na sua competência.
Funções militares.
Comandavam a marinha e o exército
 Os arcontes - 10 magistrados, sorteados anualmente.
Presidiam aos tribunais.
Competia-lhes as funções religiosas e judiciais.
Verificam as leis DOIS TRIBUNAIS
 O areópago - 6000 juízes, sorteados anualmente.
Tribunal formado por antigos arcontes, normalmente pessoas de idade que exerciam o cargo vitaliciamente. Julga crimes de homicídio, incêndios e envenenamentos.
Questões religiosas
 O helieu ou tribunal popular - 6000 juízes com mais de 30 anos, sorteados anualmente.
Tribunal que julga a maior parte dos processos
 A importância da oratória
 A oratória era o dom da palavra que permitia convencer e brilhar em politica.
Todo o cidadão devia estar preparado para apresentar propostas e discuti-las na eclésia.
Os oradores brilhantes desfrutavam de um elevado prestigio
 A protecção à democracia
 Muitos políticos, mais interessados nos benificios que podiam conseguir para si próprios do que no bem comum, aliciavam os atenienses com propostas pouco sensatas e irrealizáveis para conseguirem o apoio popular.
Então, o grande perigo que a democracia receava era a tomada do poder por um só homem.
Para o impedir e para evitar excessivos confrontos pessoais entre os cidadãos, os legisladores atenienses estabeleceram o ostracismo.
O ostracismo era quando os membros da eclésia escreviam, numa pequena placa de barro, o nome de um cidadão que perturbasse o bom funcionamento democrático.
Caso se reunissem 6000 votos com o mesmo nome, o ostracizado deixava a cidade por 10 anos.
 Os limites da democracia antiga
 A Ática teria, na segunda metade do século V a.C., uma população de cerca de 400 000 habitantes. Destes, apenas 40 000 eram cidadãos atenienses.
 Juntamente com as mulheres e filhos, os cidadãos deveriam formar um conjunto de 120 000 pessoas.
Mas as mulheres não contam politicamente.
Eram apenas mulheres, não eram cidadãs.
 Tinham o estatuto de cidadão os indivíduos de sexo masculino, filhos de pai e mãe atenienses, aos quais estavam reservados, a governação da cidade e outros privilégios (casas, terras)
Os metecos atingiam 70 000 a 90 000 habitantes.
 Os metecos tinham participação na vida politica mas não eram considerados cidadãos.
Por fim, em maior quantidade, 200 000 escravos despojados de todos os direitos e até da sua condição de ser humano
 Os excluídos: mulheres, metecos e escravos
 As mulheres atenienses poucos direitos tinham.
As mulheres dedicavam-se aos trabalhos domésticos e a educação das crianças.
Não lhes era reconhecido o direito de se disporem da sua pessoa ou de administrarem os seus bens.
Se enviuvavam, ficavam sob a autoridade do filho mais velho, ou, se não tiverem filhos, do parente mais próximo.
Nas casas abastadas, as mulheres habitavam numa zona específica, o gineceu, onde acompanhadas pelas escravas passavam a maior parte da vida.
Com excepção das grandes festas religiosas, em que participavam só muito raramente, saíam a rua.
Não iam sequer ao mercado. As compras eram tarefa e privilégio masculino.
A sua maior virtude era passarem despercebidas (fazer com que falassem dela o menos possível, para o bem ou para o mal)
 Meteco, designação dada ao estrangeiro, geralmente oriundo do mundo grego, que residia na polis ateniense.
Em Atenas estava-lhe vedada a aquisição de terras e a participação na vida politica.
A lei impedia-os de participar no governo, desposar uma ateniense e de possuir terras ou casas. Estavam obrigados a pagar um imposto, o metécio, e à prestação de serviço militar.
Os metecos desempenham um papel económico muito importante, assegurando a maior parte da produção artesanal e das trocas comerciais. Foram poucos os que conseguiram elevar-se à condição de cidadãos.
 Os escravos constituíam praticamente metade da população da Ática.
Eram na sua maioria, de origem estrangeira - prisioneiros de guerra ou adquiridos nos mercados da Ásia menor.
A lei não lhes reconhecia personalidade civil, nem família e muito menos, o direito de possuir bens.
Os escravos eram considerados como uma vulgar mercadoria e até equiparados a animais
 A educação para o exercício público do poder
 Em Atenas, é necessário converter os jovens em homens cultos, corajosos, sensíveis, ao belo e empenhados na vida politica da cidade. Até aos 7 anos, as crianças eram educadas pela mãe no gineceu.
A partir daí eram orientadas para os papéis que, mais tarde, deveriam assumir na sociedade: as raparigas ficavam em casa, onde aprendiam todos os louvores que competiam à mulher.
Os rapazes iam a escola e preparavam-se para ser cidadãos.
O estado recomendava que aprendessem a nadar, a ler, a escrever e que praticassem exercícios físicos.
O currículo compreendia-se na aprendizagem da leitura, da escrita e da aritmética.
A educação intelectual era contemplada com a preparação física. Exercitar o corpo era considerado tão necessário para exercitar a mente.
 Um cidadão tinha um serviço militar a cumprir, e, por isso deveria estar pronto para defender a sua polis sempre que necessário.
A preparação física continuava, a partir dos 15 anos, em escolas próprias, os ginásios.
Nos ginásios ensinavam-se também matemática e filosofia.
No decurso do século V. a.C. correspondendo às necessidades oratórias abertas pela democracia, surgiram os sofistas, professores itinerantes que andavam de cidade em cidade, fazendo conferências e dando aulas. Durante muito tempo, o termo “sofista” assumiu o sentido pejorativo de pessoa pouco recta, arrogante e superficial.
 Apesar do escândalo que provocaram nos mais velhos por se fazerem pagar, o facto é que deslumbraram os jovens devido ao seu saber inciclopedico.