sábado, 25 de maio de 2013

A actuação de um governador de província

“A fim de que estes homens incultos, e por isso inclinados a guerrear, se acostumassem a uma vida agradável e pacífica (…), exortou-os (…) e ajudou-os a empreenderem a construção de templos, fóruns, habitações. Deste modo, uma rivalidade de prestígio substituía a violência. Entretanto, iniciava os filhos dos notáveis no estudo das letras, (...) de tal maneira que os mais inclinados outrora a rejeitar a língua de Roma ardiam agora de zelo em falá-la com eloquência. Depois, mesmo os nossos trajos tinham honra em usar e a toga multiplicou-se; progressivamente, acabaram por apreciar até aos nossos vícios, as delícias dos banhos e o refinamento dos banquetes; e estes noviços levaram a sua inexperiência ao ponto de chamar civilização ao que não era mais do que um aspecto da sua rejeição.”

 Tácito, Vida de Agrícola, séculos I-II d. C.

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