"Que o cortesão ideal seja, além de nobre, homem de bem, isto é, prudente, bom, corajoso, confiante; belo e elegante. Que a sua principal e autêntica profissão seja a das armas, que saiba todos os exercícios que convêm a um militar. Que o perfeito homem de corte seja alegre, saiba jogar e dançar, que se mostre homem de espírito e seja discreto.
As letras de Deus revelou aos homens são úteis e necessárias à vida e à dignidade do Homem. Que o cortesão conheça não só o latim, mas também o grego. (…) Que ele saiba escrever em prosa, particularmente a nossa língua. Louvá-lo-ei também por saber várias línguas estrangeiras, principalmente o espanhol e francês (…). A sua cultura parecer-me-á insuficiente se não tiver conhecimentos de música (…). Há ainda um aspecto que julgo de grande importância; trata-se da arte do desenho e da pintura. (…) Que o nosso homem de corte seja um perfeito cavaleiro de toda a sela: nos torneios, nos duelos, nas corridas, no lançamento do dardo e da lança. (…) Convém também que saiba saltar e correr."
B. Castiglione, O Cortesão
B. Castiglione, O Cortesão
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