“Os poemas homéricos exerceram uma influência tão grande que não pode compreender a cultura grega quem deles não tenha algum conhecimento.
Muito cedo começou a sua difusão.
A princípio eram transmitidos oralmente e escutados em ocasiões festivas […].
A cantados ao som da cítara ou recitados, podem ouvir-se no festival das Panateneias ou em concursos. E são aprendidos nas escolas […].
Por tudo isto é que Platão, na República, dá como opinião corrente no seu tempo que Homero fora o educador da Grécia.
Aristóteles declara na Poética que na Ilíada e Odisseia está o embrião da tragédia, como no Margites estava o da comédia. […]
O texto homérico servia até para apoiar reivindicações territoriais […].
A partir dos Sofistas, a Ilíada e a Odisseia eram consideradas uma espécie de enciclopédia. E os filósofos e mestres helenísticos caem no exagero de as interpretar alegoricamente. Por exemplo, os errores de Ulisses eram os trâmites por que passava a alma humana. Por tal processo, acabam por ver nas epopeias um manual de filosofia.
A influência nos ideais, propondo à admiração dos ouvintes a coragem de um Aquiles […] pela sua moral heróica da honra. […] Esse valor do paradigma, exercem-no os próprios Poemas sobre as gerações subsquentes.”
Maria Helena da Rocha Pereira, Estudos da História da Cultura Clássica, Vol. I, Cultura Grega.
Maria Helena da Rocha Pereira, Estudos da História da Cultura Clássica, Vol. I, Cultura Grega.
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