A partir de 1540, certo número de regras foram impostas, segundo as quais todas as livrarias e todos os navios vindos do estrangeiro seriam inspeccionados por eclesiásticos. Não apenas as livrarias mas também as casas particulares passaram a ser visitadas por pessoal do Santo Ofício sempre que morria alguém conhecido por possuir livros ou manuscritos. Em 1543 apareceu na Itália o primeiro Index de livros proibidos. Foi depressa seguido por um espanhol (1546), que estabeleceu o modelo da primeira lista portuguesa de livros defesos, publicada em 1547: continha somente obras estrangeiras, em número de 160.
As obras defesas incluíam livros tidos por heréticos, livros sobre "coisas lascivas e desonestas", livros sobre feitiçaria, astrologia e outros do mesmo tipo. A fórmula adoptada pelos censores proibia todos os livros ou partes deles que contivessem fosse o que fosse contra "a nossa santa Fé e bons costumes".
Nova História de Portugal, volume V, Ed. presença, 1998 (adaptado).
Nova História de Portugal, volume V, Ed. presença, 1998 (adaptado).
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