quarta-feira, 11 de dezembro de 2013

A Concepção do Homem nos Poemas Homéricos

“O homem é o mais frágil de todos os seres sobre a terra; mas conforma-se com a sorte que Zeus lhe manda. O homem [está] na dependência dos deuses […]. Mas, por outro lado, o valor dos homens afere-se pelo interesse que por eles tomam os deus. Paradoxalmente, este ser extremamente frágil é feito para a luta, e sente-se feliz por medir as suas forças contra os obstáculos. Quer na guerra – nos inúmeros e sucessivos recontros da Ilíada […]; quer nas múltiplas aventuras de Ulisses – o espírito agónico grego não falta nunca. A ele se associa uma viva curiosidade pelo desconhecido, um interesse nunca afrouxado pelo mundo circundante – que não são menos característicos do homem homérico.”

Maria Helena da Rocha Pereira, Estudos da História da Cultura Clássica, Vol. I, Cultura Grega

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