"A norte do Tejo estende-se a Lusitânia, habitada pela mais poderosa das nações ibéricas e que entre todas por mais tempo deteve as armas romanas. (...)
Os Lusitanos são excelentes para armar emboscadas e descobrir pistas, são ágeis e destros. O escudo de que se servem é pequeno, só com dois pés de diâmetro, a parte anterior é côncava (...). Armam-se com um punhal ou grande faca; a maioria tem couraças de linho. (...)
Os Lusitanos sacrificam frequentemente aos deuses, examinam as entranhas sem as arrancar do corpo das vítimas, observam também as veias do peito e tiram certas indicações do simples contacto. Consultam até em certos casos as entranhas humanas, servindo-se para isto dos prisioneiros de guerra, que revestem previamente duma veste para o sacrifício (...).
Todos estes montanheses são sóbrios, bebem geralmente só água, deitam-se no chão (...). Nas três quartas partes do ano, o único alimento na montanha são as glandes de carvalho, que, secas, quebradas e pisadas, servem para fazer pão, que pode guardar-se por muito tempo. (...)"
Estrabão, Geografia, 63 a. C. – 24 d. C.
Compare o nível civilizacional de Romanos e Lusitanos.
Estrabão, Geografia, 63 a. C. – 24 d. C.
Compare o nível civilizacional de Romanos e Lusitanos.
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