CONTEXTUALIZAÇÃO
Passado o ano mil, o Ocidente conhece um período de acentuada prosperidade económica. A área cultivada expande-se, arrancando às florestas espaços até aí bravios. Novas técnicas agrícolas fazem crescer a produtividade das terras, esconjurando o fantasma da fome, sempre presente nos tempos medievais. Melhor alimentada, a população cresce, tornando a Europa um “mundo cheio”.Beneficiando do clima de paz, de estabilidade e de abundância, a cidade renasce. No interior dos seus recintos amuralhados afadigam-se os homens dos ofícios, organiza-se o mercado, circula a moeda. As vias comerciais, há muito desactivadas, fervilham agora com um intenso tráfego de homens e mercadorias. A Flandres, a Itália e a Champagne emergem como os mais importantes centros de trocas desta “nova Europa”, capazes de contagiar, com a sua vitalidade, as regiões vizinhas.
No século XIV, esta conjuntura de prosperidade chega ao fim. Rompe-se o equilíbrio demográfico, sempre frágil, sempre dependente da abundância das colheitas. A fome instala-se e, a meio do século, a peste devasta a Europa, cidade após cidade, região após região. Os ganhos populacionais perdem-se e o Ocidente mergulha, de novo, numa crise acentuada.
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