IGREJA CATÓLICA APOSTÓLICA ROMANA
Perante uma Europa fragmentada politicamente, a religião cristã uniu na mesma fé, sob o mesmo chefe supremo- o Papa, bispo de Roma- toda a cristandade latina.
A evangelização no Norte e Este da Europa, juntamente com o movimento de reconquista na Península Ibérica, alargaram a área de predominância da fé cristã
A afirmação da Igreja cristã apoiou-se, em especial, no crescente poder do bispo de Roma, através da reforma gregoriana: o papa Gregório VII (século XI) disciplinou a actuação dos clérigos e proclamou a superioridade do Papa sobre a de qualquer monarca graças ao seu “imperium christianum” (poder sobre a cristandade).
DICTACTUS PAPAE
A Igreja Romana foi fundada pelo Senhor.
Somente o pontífice romano pode ser chamado, a justo título, universal.
Só ele pode depor ou absolver os bispos.
Só ele pode dispor das insígnias imperiais.
O Papa é o único ao qual todos os príncipes beijam os pés.
É-lhe permitido depor os imperadores.
Ninguém pode julgar o Papa.
Ninguém pode condenar uma decisão da Sé Apostólica.
A Igreja Romana nunca errou e, segundo atestam as Escrituras, jamais pode errar.
O Papa pode desligar os súbditos do juramento de fidelidade feito aos injustos.
Epistolae Selectae, II, Gregório VII, 1073
Clero:
Chefe supremo: Papa
Clero Secular: Párocos e bispos
Clero Regular: monges, abades
Apesar de contestada pelo imperador do Sacro Império e pelos monarcas europeus, a Igreja conseguiu fazer valer a sua supremacia sobre todos os cristãos, unindo-os na obediência a Roma, ao Papa, à dízima e aos clérigos, orientados segundo o Direito Canónico.
Até ao final da Idade Média, as Cruzadas deram aos Cristãos uma razão acrescida para a união, no combate contra os “inimigos da fé”.
IGREJA ORTODOXA
Bizâncio era a capital do Império Romano do Oriente. O Império Bizantino desenvolveu uma civilização rica e brilhante entre os séculos V e VI, de que é exemplo a Igreja de Santa Sofia (século VI).
A religião seguida era a cristã, embora a língua corrente e litúrgica fosse o grego e não o latim.
O Império era chefiado por um patriarca, orgulhoso de ser herdeiro do Império Romano no Oriente. A sua recusa em aceitar submeter-se à supremacia do bispo de Roma conduziu ao primeiro cisma da Cristandade; criou-se, no século XI, o Cristianismo Ortodoxo (ou Igreja Ortodoxa Grega) que reclamava seguir a “doutrina certa”, a mais fiel ao cristianismo primitivo.
A Igreja Ortodoxa expandiu-se para Norte, até à Rússia. A rivalidade entre as duas Igrejas nunca se extinguiu, atingindo paroxismos de violência aquando da quarta cruzada (1204), momento em que os cruzados cristãos (cavaleiros que cosiam nas vestes uma cruz vermelha como insígnia) saquearam Constantinopla, cidade cujos habitantes partilhavam da mesma fé em Cristo!
ISLAMISMO OU MUÇULMANA
Islão significa, traduzindo do árabe , “submissão total a Deus”. A religião islâmica ou muçulmana nasceu no século VII, fundada por Maomé. Este era um mercador da Arábia que, recebendo o chamamento do anjo Gabriel, se dedicou à pregação entre 610 e 632, ano da sua morte. Maomé inscreveu os cinco princípios fundamentais desta nova religião no livro sagrado chamado Corão:
-crença em Alá, Deus único e no profeta Maomé;
-oração;
-esmola;
-jejum durante o Ramadão;
-peregrinação a Meca pelo menos uma vez na vida.
Para além destes princípios, o crente muçulmano deveria espalhar a fé, inclusive pela força das armas (jihad - guerra santa).
Do século VIII ao inicio do século XII o Islamismo expandiu-se por toda a Arábia, Norte de África e parte da Ásia.
No entanto, desde o século VII, o movimento das Cruzadas, impulsionado pelo papa Urbano II, combateu o poder dos Muçulmanos. Quem morresse lutando pela fé cristã veria os seus pecados perdoados. A primeira expedição militar, no final do século XI, conseguiu ocupar Jerusalém (em mãos muçulmanas desde o século VII).
A luta contra o Islão atingiu a Península Ibérica (movimento da Reconquista). Por último, no século XV (1492), caía Granada, concluindo a Reconquista na Península Ibérica.
O Cristograma com uma coroa de flores simbolizando a vitória da Ressurreição. |
Perante uma Europa fragmentada politicamente, a religião cristã uniu na mesma fé, sob o mesmo chefe supremo- o Papa, bispo de Roma- toda a cristandade latina.
A evangelização no Norte e Este da Europa, juntamente com o movimento de reconquista na Península Ibérica, alargaram a área de predominância da fé cristã
A afirmação da Igreja cristã apoiou-se, em especial, no crescente poder do bispo de Roma, através da reforma gregoriana: o papa Gregório VII (século XI) disciplinou a actuação dos clérigos e proclamou a superioridade do Papa sobre a de qualquer monarca graças ao seu “imperium christianum” (poder sobre a cristandade).
DICTACTUS PAPAE
A Igreja Romana foi fundada pelo Senhor.
Somente o pontífice romano pode ser chamado, a justo título, universal.
Só ele pode depor ou absolver os bispos.
Só ele pode dispor das insígnias imperiais.
O Papa é o único ao qual todos os príncipes beijam os pés.
É-lhe permitido depor os imperadores.
Ninguém pode julgar o Papa.
Ninguém pode condenar uma decisão da Sé Apostólica.
A Igreja Romana nunca errou e, segundo atestam as Escrituras, jamais pode errar.
O Papa pode desligar os súbditos do juramento de fidelidade feito aos injustos.
Epistolae Selectae, II, Gregório VII, 1073
Clero:
Chefe supremo: Papa
Clero Secular: Párocos e bispos
Clero Regular: monges, abades
Apesar de contestada pelo imperador do Sacro Império e pelos monarcas europeus, a Igreja conseguiu fazer valer a sua supremacia sobre todos os cristãos, unindo-os na obediência a Roma, ao Papa, à dízima e aos clérigos, orientados segundo o Direito Canónico.
Até ao final da Idade Média, as Cruzadas deram aos Cristãos uma razão acrescida para a união, no combate contra os “inimigos da fé”.
IGREJA ORTODOXA
Bizâncio era a capital do Império Romano do Oriente. O Império Bizantino desenvolveu uma civilização rica e brilhante entre os séculos V e VI, de que é exemplo a Igreja de Santa Sofia (século VI).
A religião seguida era a cristã, embora a língua corrente e litúrgica fosse o grego e não o latim.
O Império era chefiado por um patriarca, orgulhoso de ser herdeiro do Império Romano no Oriente. A sua recusa em aceitar submeter-se à supremacia do bispo de Roma conduziu ao primeiro cisma da Cristandade; criou-se, no século XI, o Cristianismo Ortodoxo (ou Igreja Ortodoxa Grega) que reclamava seguir a “doutrina certa”, a mais fiel ao cristianismo primitivo.
A Igreja Ortodoxa expandiu-se para Norte, até à Rússia. A rivalidade entre as duas Igrejas nunca se extinguiu, atingindo paroxismos de violência aquando da quarta cruzada (1204), momento em que os cruzados cristãos (cavaleiros que cosiam nas vestes uma cruz vermelha como insígnia) saquearam Constantinopla, cidade cujos habitantes partilhavam da mesma fé em Cristo!
ISLAMISMO OU MUÇULMANA
Islão significa, traduzindo do árabe , “submissão total a Deus”. A religião islâmica ou muçulmana nasceu no século VII, fundada por Maomé. Este era um mercador da Arábia que, recebendo o chamamento do anjo Gabriel, se dedicou à pregação entre 610 e 632, ano da sua morte. Maomé inscreveu os cinco princípios fundamentais desta nova religião no livro sagrado chamado Corão:
-crença em Alá, Deus único e no profeta Maomé;
-oração;
-esmola;
-jejum durante o Ramadão;
-peregrinação a Meca pelo menos uma vez na vida.
Para além destes princípios, o crente muçulmano deveria espalhar a fé, inclusive pela força das armas (jihad - guerra santa).
Do século VIII ao inicio do século XII o Islamismo expandiu-se por toda a Arábia, Norte de África e parte da Ásia.
No entanto, desde o século VII, o movimento das Cruzadas, impulsionado pelo papa Urbano II, combateu o poder dos Muçulmanos. Quem morresse lutando pela fé cristã veria os seus pecados perdoados. A primeira expedição militar, no final do século XI, conseguiu ocupar Jerusalém (em mãos muçulmanas desde o século VII).
A luta contra o Islão atingiu a Península Ibérica (movimento da Reconquista). Por último, no século XV (1492), caía Granada, concluindo a Reconquista na Península Ibérica.
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