A data tradicionalmente apontada para o fim da Época Clássica é 476, quando termina o Império Romano do Ocidente. No entanto, as épocas históricas não terminam num dia marcado. É preciso ter presente que a civilização , enquanto conjunto de características espirituais e materiais, já havia terminado cerca de um século antes. De acordo com o historiador sueco Carl Grimberg, as novas forças que se impunham sobre o Império Romano conduziram ao seu desmoronamento: estas forças eram o Cristianismo e os bárbaros. O primeiro, apesar da aparência de aliado do Império, minou a essência deste ao sobrepor um mundo extraterreno ao poderoso pragmatismo romano: os segundos já dominavam o império politicamente muito antes da deposição de Rómulo Augústulo. Na verdade, desde 375 que o Império não conseguia conter o avanço dos Germanos.
A decadência da cultura clássica (identificada com a cultura dos gregos e romanos antigos) evidenciou-se, para dar alguns exemplos sintomáticos, na proibição dos Jogos Olímpicos pelo imperador Teodósio (por se tratar de jogos em honra a deuses PAGÃOS) , na proibição de todas as formas de paganismo, de que foi vítima, por exemplo, o famoso oráculo de Apolo, em Delfos, ou ainda no fim da Academia fundada por Platão, em Atenas.
Contudo, a cultura clássica não morreu. “Adormecida”, por vezes em “sono leve”, por vezes”pesado”, ela regressaria em força na Idade Moderna através do período histórico designado por Renascimento.
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