Bússola século XVI |
Na Europa a bússola só foi conhecida a partir do século XI, através dos árabes. No século XII aparecem referências à bússola em documentos escritos. Por esta altura a bússola era muito rudimentar e, no entanto, bastante engenhosa: tratava-se de uma agulha de ferro magnetizada pousada sobre uma palha que flutuava numa vasilha com água. A agulha era magnetizada, sempre que necessário, com magnetite. O italiano Flávio Gioia parece ter sido, embora não seja consensual a aceitação deste facto, quem integrou, no início do século XIV, o famoso desenho da rosa dos ventos na bússola.Data pelo menos do século XV o conhecimento da declinação, quer dizer, da diferença entre o norte magnético, indicado pela agulha, e o norte verdadeiro e, possivelmente, foi descoberta pelos portugueses. A declinação era verificada pelo confronto com a observação da Estrela Polar, quando no hemisfério norte, ou da Estrela Pé do Cruzeiro, quando no hemisfério sul, e a direção apontada pela bússola.
A simplicidade das primeiras bússolas manteve-se, com poucas alterações, ao longo de todos estes séculos. No século XX surgiu, entretanto, outro tipo de bússolas: as bússolas eletrónicas. Esta nova forma de agulhas permanece, contudo, sujeita ao desvio (a ação que o ferro exerce sobre a agulha, alterando a sua posição), tal como as antigas.
A invenção da bússola foi um dos acontecimentos mais importantes para a navegação e permitiu o advento dos descobrimentos levado a cabo pelos navegadores portugueses.
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