terça-feira, 3 de abril de 2012

ÍNDEX

Índex
O Índex, Index Librorum Prohibitorum ou Índice dos Livros Proibidos data de 1571 e era uma relação formal das obras interditas àqueles que professavam a católica, sendo vedada a leitura, tradução, detenção, empréstimo ou venda dos mesmos. Inicialmente, o incumprimento destes preceitos implicava sanções canónicas (como, por exemplo, a excomunhão), mas a partir do Concílio do Vaticano II (1962 ? 1965) e da declaração Dignitatis humanae os livros constantes nesta lista passaram apenas a ser de leitura desaconselhada, não se inscrevendo qualquer um a partir dessa data.
Considerados prejudiciais aos costumes cristãos e à fé, desde o início do Cristianismo se exerciam censuras sobre obras consideradas inadequadas à fé. Foi, no entanto, com o advento da imprensa que se agravou o problema para a Igreja, uma vez que se podiam fazer cópias mais facilmente e o acesso às mesmas se facilitava. O papa Pio V criou então a Congregação do Índex (que contava com um conjunto de dezoito bispos), que mais tarde se integrou no sacro colégio pontifício do Santo Ofício e que elaborou um primeiro índice, publicado em 1564 e alvo de diversas reimpressões. Pio V optou por constituir sete anos depois uma Congregação similar, com a finalidade de criar uma outra lista, mais completa e atualizada. Finalmente, o pontífice Leão XIII ordenou a fatura do último Índex (que tinha acumulado alguns milhares de obras) no dealbar do século XX, mais concretamente no ano de 1900. Em 1948 fez-se a trigésima segunda e última edição deste índice, devida à Congregação do Santo Ofício que em 1917 substituíra a Congregação do Índex. Foi a partir de 1966 que o papa Paulo VI ordenou a interrupção da inserção de mais obras nesta lista, que conteve escritos censurados de Simone de Beauvoir, Balzac, George Sand, Locke, Pascal e Jean Paul Sartre.

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